“Dália dos olhos verdes, os seus olhos têm um ímã. Esses olhos da cor da noite me acendem e me iluminam” são os versos que Edilson Matos, de 55 anos, declamou para Dália Ferraz, de 52 anos, durante a cerimônia do casamento coletivo, realizado nesta terça, 18, no auditório do Centro de Convenções Divaldo Franco, em Vitória da Conquista. A história deles ultrapassou o tempo. Foram 18 anos até Edilson se declarar para Dália. Juntos há 6 anos, eles puderam participar do evento realizado com outros 98 casais.
A ação é realizada pela Uesb, por meio do Balcão de Justiça e Cidadania e do Centro de Extensão Comunitária, em parceria com a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE). De acordo com Mayko Mendes, coordenador do Balcão de Justiça, essa é a quarta edição do casamento coletivo e já conta com a participação de cerca de 400 casais, além de envolver mais de 8 mil pessoas entre familiares, noivos, equipe executora e parceiros. “É um projeto grande, que realiza sonhos de pessoas que não possuem condição de arcar com os custos do casamento”, disse.
Cerca de 80% dos participantes são oriundos de comunidades da zona rural de Vitória da Conquista e região. O juiz de paz, Geraldo Liberato, defendeu a importância da legalização da união. “O Tribunal de Justiça da Bahia junto com as instituições de ensino da cidade promovem essa união sempre de forma gratificante, com o propósito maior de realizar sonhos”, pontuou.
Representando o reitor da Universidade na cerimônia, o chefe de gabinete, professor Wesley Piau, marcou em sua fala, o papel que a Universidade cumpre ao se envolver em ações como essa. “É permitir a conquista da cidadania e a realização de sonhos. Então, é muito importante pra gente, nesse momento, fazer isso e, consequentemente, fortalecer os laços de família que precisamos tanto nessa sociedade”, refletiu.