O Programa Estação da Leitura (Estale) vinculado ao Centro de Estudos da Literatura (CEL), do Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL), campus de Jequié, realizou na manhã desta terça, 7, no Anfiteatro 2 do Módulo de Aulas Professor Manoel Soares Sarmento Filho, a mesa-redonda “Estação da Leitura: legado, novas abordagens e pesquisas”. Na ocasião, além da discussão da temática proposta, foi apresentada a nova equipe do Estale.
A professora Zilda de Oliveira Freitas, atual coordenadora do Estale, brevemente, historiou o Programa. “O Estale é nosso projeto que surge em 1991, portanto ele já está completando dezoito anos e realmente tem um projeto vitorioso. Ele se transformou em um programa e dentro desse programa ele esta subdividido em vários projetos que são igualmente produtivos para a Universidade. Nós temos vinte projetos já resolvidos, já concluídos, já relatados para a Uesb, temos dois cursos de pós-graduação, temos publicações especificas do Estação da Leitura e esse atendimento à escola que eu acho que é o ponto forte do programa, essa parte da extensão, de você visitar as escolas e como foi mencionado no evento foram 300 oficinas e só o Workshopinho que é o projeto atual, um workshop, uma oficina sobre Monteiro Lobato já está no oitavo ano. É um projeto que tem uma sobrevida muito grande em uma época em que os projetos normalmente não conseguem se manter”, destacou Freitas.
Para a acadêmica do segundo semestre do curso de Letras, Mahellen da Silva Balbino, o Estale a instiga. “O Estação da Leitura me possibilita saber o que acontece nas escolas e qual o projeto que abrange lá e para eu saber também como saber lidar com os alunos e é muito interessante esses professores se importarem com as escolas e com os alunos para instigar os alunos a ler mais e preparar eles para a vida acadêmica. Eu não tinha conhecimento, mas sim eu quero esse contato”, afirmou Balbino.
A escritora e egressa do curso de Letras, Raine Pereira Gomes, também é uma entusiasta do Programa. “Eu vejo o Estação da Leitura como um avanço para aquelas escolas públicas que necessitam da leitura mais didática para os alunos que ficam na questão do abc, só ficam na cartilha. O Estação da Leitura tem essa grande importância de levar a leitura de uma forma didática e influenciar a leitura para o crescimento infanto-juvenil para que essas crianças e esses adolescentes cresçam gostando da leitura e cada vez mais se aprofundando na leitura”, disse Gomes.
A acadêmica do sétimo semestre do Curso de Letras e estagiária do Estale Miriam Tereza de Jesus falou da importância do Programa para sua formação. “Foi um projeto muito enriquecedor para a minha formação porque eu tive a sorte de estagiar em um setor que trabalha com a pesquisa e a extensão na área da leitura que é uma área que contempla o meu curso que é o curso de Letras. A partir desse projeto eu tive vários conhecimentos na minha área na questão da literatura infantil e juvenil e também tive a oportunidade de estar em contato com essas escolas, com esses alunos e enriquecer a minha formação”, avaliou.
Sobre o futuro do Estale, a coordenadora falou em atualização e inclusão. “Nós temos que realmente atualizar o projeto que de fato desde 1991 para cá precisa de um a outra visão, e eu vou trabalhar mais voltada para a questão da inclusão, como ensinar literatura infantil para crianças portadores de necessidades especiais nas escolas. Nós temos alunos que são deficientes e o professor não tem a técnica para ensinar ou contar história para essas crianças, então esse é o próximo passo, além do Monteiro Lobato que nós vamos manter e da literatura européia que estão trabalhando, salas com cultura indígena e cultura Afro-brasileira. Já na Semana de Letras nós teremos uma sala toda decorada com contação de histórias indígenas e com contação de literatura africana e a grande novidade é que nós faremos uma sala ecologicamente correta, uma sala que os alunos vão aprender sobre a importância da reciclagem do papel, da água, isso é importante porque são alunos entre 11 e 14 anos de idade”, revelou a professora Zilda de Oliveira Freitas.
O evento é aberto a todos e segue, nesta terça, a partir das 19 horas, no mesmo local.