“Hoje em dia, em qualquer segmento econômico, é impossível falar em prosperidade, desenvolvimento, permanecer no mercado, sem falar em inovação e tecnologia”. Assim comentou Guilherme Moura, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), e também um dos organizadores da 1ª Feira de Inovação e Tecnologia Agropecuária, a 1ª e-Agro Bahia, que aconteceu de 8 a 10 de novembro, no Parque de Exposição Teopompo de Almeida, em Vitória da Conquista.
Durante a abertura, o vice-presidente também pontuou que o uso da tecnologia e a inovação são as únicas alternativas para que o produtor continue no ramo, visto que foi fazendo o uso dessas inovações que a agropecuária brasileira avançou nos últimos anos. Para ele, um dos maiores desafios é fazer as tecnologias chegarem ao produtor e um dos principais meios é a assistência técnica e extensão rural. “Quando falamos em inovação e tecnologia, é no sentido mais amplo da palavra. Às vezes, uma simples modificação no manejo é uma inovação tecnológica que melhora a competitividade e produtividade do negócio do produtor”, complementou Moura.
Foi dentro dessa proposta que a Uesb, por meio do Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Fisiologia de Ruminantes da Universidade (Nupenf), coordenado pela professora Mara Lúcia Albuquerque, apresentou a pesquisa voltada para a inovação tecnológica na área da agropecuária.
O projeto consiste em extrair da algaroba, planta comumente encontrada no Nordeste brasileiro, uma substância que reduz a produção de metano no rumen dos animais ruminantes, como bois e vacas. A ideia é que, com essa redução, a preservação ambiental seja potencializada. “Um dos pontos mais questionados hoje no mundo, referente ao impacto ambiental, é a redução da produção do metano, pois ele intensifica o efeito estufa”, explicou a doutoranda Larisse Borges, pesquisadora no Núcleo.
Conhecimentos inovadores começa na infância – A Universidade também esteve presente no Espaço Kids da Feira, promovendo informações para as crianças no que diz respeito às ciências dos solos, com o projeto “Solos na Escola”. De acordo com a professora Caroline Valverde, coordenadora da iniciativa, a ideia é utilizar maquetes para que elas possam ampliar seus conhecimentos sobre essa área.
As tecnologias apresentadas nas maquetes abordaram a importância dos tipos de cobertura no solo e como essas coberturas vão influenciar na perda de sedimentos, além de explicar a evolução dos solos, os fatores e os processos de formação do mesmo e, também, técnicas de manejo. De acordo com Valverde, “procuramos levar para as crianças essas informações que elas necessitam. O assunto em si, elas já estudam. Porém, em termos práticos, por meio das ilustrações, como as maquetes, eles não tem. A ideia é passar para esse público de forma prática e didática”, pontuou.