Seja por prazer ou necessidade, a leitura abre uma série de possibilidades para novos conhecimentos e experiências. Nesse sentido, ela é considerada por muitos como porta de entrada para a cidadania, uma vez que por meio da leitura as pessoas têm acesso às informações, compartilham bens culturais, expressam opiniões e, dessa forma, exercem a cidadania.
Assim sendo, ciente da sua responsabilidade social, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) busca promover e facilitar o acesso aos livros e o ao prazer pela leitura em Itapetinga. Para isso, o Programa desenvolve vários projetos. Entre eles, o “Leitura na Praça”, que periodicamente leva o mundo fantástico da literatura para as praças, localizadas em diferentes bairros da cidade.
O objetivo desse Projeto é “despertar o interesse da leitura nas crianças e na comunidade como um todo, além de promover o contato entre escritores e leitores e, assim, desmistificar o pensamento de muitos que os escritores são inacessíveis”, explicou Viviane Vieira, assistente administrativa no Proler.
Nesta terça-feira, 12, mais uma edição do Projeto aconteceu na Praça Dairy Walley, situada no Centro da cidade, e contou com a participação de alunos de escolas públicas e privadas. Para Maria Nadja Nunes Bittencourt, editora de publicação e escritora, o contato com o mundo literário deve acontecer o mais cedo possível, pois a leitura ajuda na construção do sujeito.
“Quando a criança convive em um ambiente estimulador da história, tudo é favorável para a sua formação, não apenas cognitiva, mas para a ampliação do vocabulário, para estabelecimento da relação dela com esse mundo, para a resolução de alguns problemas conflitivos. A criança se encontra nas leituras das histórias, isso amplia o seu imaginário, além de aumentar o repertorio vocabular”, esclareceu Bittencourt.
A escritora salientou que outro benefício da leitura é estimular a fase cientista da criança, que é quando ela busca compreender o porquê de todas as coisas e, muitas vezes, as respostas dessas indagações são encontradas pelas crianças nas histórias infantis. Por isso, de acordo com a escritora, o incentivo da família é fundamental para que a criança desenvolva o hábito e o prazer pela leitura.
“Via de regras, não temos a cultura de que as famílias façam essas leituras cotidianamente ou em momentos específicos, como na hora de dormir. A gente tem de fato a escola como espaço mais legitimado para fazer isso, mas não o é. A escola tem esse tipo de leitura, mas a família precisa também ter o seu momento da história, do conto da história, que é um momento mágico”, afirmou.
Em vista disso, o Projeto “Leitura na Praça” se dedica a ser mais um meio de estímulo ao hábito de leitura para as crianças. “A leitura está presente em tudo e a primeira pessoa que deve incentivar o prazer pelos livros são os pais. E o que vemos é que muitas famílias não dispõe desse tempo de sentar com seus filhos e ter uma boa leitura, então, estamos trazendo esse Projeto para despertar mais ainda o prazer pela leitura, até porque, a maioria das crianças tem acesso à tecnologia muito cedo e depreendem muito do seu tempo nas redes sociais, comentou Viviane Vieira.
Carla Silva Ferreira, professora do 5º ano do ensino fundamental, levou a sua turma para participar do evento e observou a relevância do Projeto para o crescimento intelectual das crianças. “É importante, pois aguça a curiosidade pela leitura, eles começam a pesquisar personagens. E esse projeto dá continuidade àquilo que já desenvolvemos em sala de aula. É um
belíssimo trabalho. Ficamos muito gratos por termos na cidade um evento como esse”, destacou.