O trabalho premiado, orientado pela professora Angela Scarparo (UFF), com coorientação do professor Manoelito Junior da Uesb e do professor Matheus França Perazzo (UFG) (Foto: Acervo Pessoal)

A Uesb celebra mais uma conquista no campo da pesquisa e da inovação educacional em saúde. Em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Nova Friburgo, e a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Uesb foi reconhecida com o primeiro lugar na premiação de trabalho no Fórum Científico de Odontopediatria, durante a 56ª Reunião do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria (GBPOO), realizada em Ribeirão Preto entre os dias 19 e 21 de junho.

O trabalho resultou no desenvolvimento de dois livros infantis voltados para o comportamento de crianças durante o atendimento odontológico. Essa produção foi fruto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante Matheus Filgueira, da UFF, em parceria com o professor Manoelito Ferreira Silva Junior, da Uesb, campus de Jequié, além dos professores Angela Scarparo (UFF) e Matheus França Perazzo (UFG).

“A premiação nunca é mérito individual, mas resultado de um conhecimento construído a muitas mãos. Essa conquista evidencia o compromisso da UESB em promover pesquisas com qualidade e impacto social, com protagonismo dos nossos discentes”, afirma o professor Manoelito Junior. Além de integrar a premiação, a Uesb  irá contribuir diretamente com sua ampla disseminação. Por meio do Edital de Auxílio Financeiro a Projetos de Pesquisa de Inovação Tecnológica, a Universidade viabilizará a impressão e distribuição gratuita de exemplares da obra em instituições de ensino e serviços públicos de saúde.

Obras será vendida em plataformas como Amazon e Estante Virtual com renda destinada a ações sociais

A publicação tem como público-alvo estudantes e profissionais de Odontologia, além de pais e crianças. O diferencial do material está na sua abordagem sensível e científica sobre as técnicas de manejo comportamental durante o atendimento, com validação junto a especialistas das áreas de saúde, educação e psicologia, além de familiares e crianças.

A trajetória do projeto tem raízes em experiências anteriores do professor Manoelito com a criação de materiais educativos em saúde bucal, inclusive em língua indígena Kaingang, o que inspirou novas parcerias. Foi a partir da atuação na Uesb, por meio do projeto de extensão “Sorrir”, que a colaboração com a UFF e a UFG se fortaleceu e tomou novos rumos.

“Pensar um livro infantil como recurso educativo é, também, pensar em estratégias eficazes de comunicação. Ilustrar técnicas de abordagem do comportamento em forma de história é uma forma de romper barreiras entre teoria e prática, entre profissionais e crianças”, explica o professor.

A linguagem do livro foi pensada para atingir todos os públicos, traduzindo técnicas complexas em histórias ilustradas validadas por especialistas, pais e crianças. (Foto: Professores Angela Scarparo e Matheus Perazzo / Acervo Pessoal)

A linguagem dos livros foi elaborada de modo a facilitar a compreensão tanto por crianças quanto por profissionais e responsáveis. O projeto passou por processos de validação criteriosos, visando assegurar a eficácia das estratégias educativas antes, durante e após o atendimento odontológico.

“O atendimento odontológico começa muito antes da cadeira do dentista. Estimular a leitura e a compreensão do que será vivenciado pode reduzir a ansiedade da criança e aumentar a adesão ao tratamento. Esse material tem um enorme potencial na formação dos nossos estudantes e na atuação clínica dos profissionais”, acrescenta.

Com previsão de publicação independente para viabilizar custos acessíveis, os livros serão inicialmente vendidos em plataformas como Amazon e Estante Virtual, e o valor arrecadado será revertido para doações a escolas e serviços públicos de saúde. “Essa premiação em um evento nacional de prestígio como o GBPOO certifica o esforço coletivo e reafirma a capacidade da Uesb de liderar projetos inovadores com impacto direto na formação acadêmica e no cuidado em saúde”, conclui o professor Manoelito Junior.