De 13 a 17 de agosto, os cursos de Teatro e Dança da Dança integram a realização da 1ª Bienal de Performance da Bahia, que terá como tema “Isto é violência?”. Idealizado e com curadoria de Padmateo, o evento reunirá artistas da performance art, intervenção urbana e artes cênicas contemporâneas, tendo a rua como espaço central para o encontro entre obra e público. A proposta é provocar reflexões sobre a violência colonial, o poder e as múltiplas interpretações possíveis para a palavra “violência”.
Em Jequié, a programação ocupará praças, feiras e espaços culturais como o Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães, o Museu Municipal e a Casa1145. Já na capital, as intervenções se concentrarão no Pelourinho. Entre os artistas confirmados, estão Augusto Leal, Jack Elesbao, Marcel Diogo, Alex Oliveira, Tiê Maria, Kaki Arancíbia e Alex Ígbo.
Além das apresentações, a Bienal contará com oficinas, mesas de debate e mostra de vídeo. O acesso é gratuito, reafirmando o compromisso da Uesb em promover a arte e o pensamento crítico como instrumentos de transformação social.
Jequié na rota – A escolha das cidades onde a Bienal acontece também carrega um peso simbólico. Jequié, cidade-sede de um dos campi da Uesb, foi considerada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 como a mais violenta do país e, em 2024, registrou a maior letalidade policial do Brasil. Em 2025, o município vive uma operação policial com o lema “busca pela paz”, mas que reforça estatísticas de violência atravessadas por recortes de raça, gênero e classe. Salvador, igualmente, aparece entre as localidades com maiores índices no Atlas da Violência, revelando o cotidiano de extermínio da população negra e periférica.
A programação completa do evento e outros detalhes podem ser acompanhados no perfil da Bienal no Instagram.