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Muita gente talvez não perceba a importância de descobrir uma nova espécie de planta ou animal, ou mesmo de registrar uma espécie já conhecida em um novo lugar. À primeira vista, pode parecer algo distante do nosso dia a dia, sem impacto direto. Mas essas descobertas têm um valor enorme, tanto para a ciência quanto para a vida das pessoas.
Quando uma nova espécie é identificada, ela amplia nosso conhecimento sobre o planeta e nos ajuda a entender melhor os ecossistemas. Como é o caso do Projeto Flora e Fungo, do curso de Ciências Biológicas da Uesb, campus de Vitória da Conquista, que tem como objetivo conhecer e divulgar a diversidade de fungos e plantas que ocorrem no município.
Recentemente, foram feitos registros de novos organismos para o semiárido baiano, como o musgo e a cianobactéria. A descoberta foi realizada a partir de coleta em paredes de alvenaria de um imóvel do campus da Uesb. Com isso, é possível investigar a potencialidade desses organismos, pois, segundo o pesquisador Claudenir Simões, as cianobactérias são seres auxiliadores no processo de obtenção de recursos minerais para outros organismos.
De acordo com ele, muitas culturas utilizam deles para melhor produção. “Isso já é bem conhecido nas culturas de arroz, onde plantas que fazem associação com cianobactérias são cultivadas com o arroz para facilitar a fixação do nitrogênio, dispensando, muitas vezes, a adubação química”, explica o professor.

Como foi feito estudo – A coleta foi realizada no campus da Uesb, em Vitória da Conquista, com a retira do espécime da base de uma parede de alvenaria do modulo da Medicina, que era frequentemente hidratado pelo sistema de drenagem do ar-condicionado instalado logo acima.
O material coletado, incluindo as cianobactérias, foi acondicionado em saco de papel craft e mantido em temperatura ambiente. No momento da análise, foi hidratado, analisado e fotografado sob microscópio. Uma porção das cianobactérias mantidas a seco também foi direcionada para cultivo para análises futuras. A identificação taxonômica foi realizada com base na literatura especializada.
É importante ressaltar que o projeto já identificou mais de 100 espécies que não haviam sido registradas para o município de Vitória da Conquista. Para acessar o estudo, basta clicar aqui.
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