Como forma de divulgar as produções científicas e tecnológicas desenvolvidas pelos bolsistas e voluntários da graduação na Uesb, é realizado, anualmente, o Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da Universidade. Neste ano, o evento celebra sua 25ª edição. As atividades tiveram início na noite dessa terça-feira, 30, com a palestra “Sobre jabuticabas, ciência e o futuro do Brasil”, ministrada pelo professor Laerte Guimarães Júnior, pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Góias (UFG).
Durante a sua exposição, o professor salientou a importância das bolsas de Iniciação Científica e de produtividade como invenções brasileiras, que oferecem aos estudantes condições para fazer ciências e capacitam os jovens pesquisadores. “A jabuticaba eu faço referência as coisas boas do Brasil. Uma das jabuticabas é a bolsa de Iniciação Científica. Ela foi criada quando o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] foi criado, em 1951. É uma invenção brasileira, criar uma bolsa de Iniciação Científica. As bolsas de produtividade de pesquisa são uma outra jabuticaba do Brasil. São bolsas que o CNPq concede para aqueles pesquisadores que tem uma relevância no cenário científico nacional”, frisou Guimarães Júnior.
Ainda conforme o professor, o Brasil é um país que possui uma pós-graduação muito jovem e que, apesar dos desafios, consegue produzir ciência de primeira grandeza. No entanto, faz um alerta para dois grandes problemas: a insuficiência e a defasagem das bolsas oferecidas no país.
Na palestra, Guimarães Júnior enfatizou, também, as mudanças ocasionadas pela pandemia da Covid-19 no modo de fazer ciências. “A pandemia vai marcar a nossa era. Período em que, durante meses, saímos com receio, em que tantas vidas se perderam, em que a ciência se fez grande entregando uma vacina em tempo recorde e, também, foi massacrada. Esse período acelerou mudanças. O pós-pandemia vai continuar trazendo desafios e oportunidades. Temos que estar atentos”, destacou.
Pesquisa na Uesb – A formação adequada é de suma importância para o crescimento e fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação no país. Nesse sentido, a Uesb tem se dedicado a proporcionar meios para que os estudantes tenham contato com a pesquisa desde a graduação.
De acordo com professor Robério Rodrigues, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação (PPG) da Uesb, a educação ofertada pela Universidade na Iniciação Científica possibilita que os egressos da graduação tenham condições de adentrar nos programas de pós-graduação da própria Universidade, assim como de outras instituições. Para isso, a Uesb tem investido cada vez mais em bolsas de Iniciação Científica.
“A Uesb disponibilizou mais de 400 bolsas de Iniciação Científica. Inclusive, com o incremento de 75 bolsas. Dobramos o investimento para 150 bolsas com recursos próprios. Alocamos mais bolsas para o Programa de Ações Afirmativas. Isso também é um marco. Nós tínhamos, até então, só bolsas do CNPq, e a Uesb comparece com a mesma quantidade de bolsas para as ações afirmativas”, esclareceu o gestor.