Durante a manhã desta quarta, 14, agricultores de dez municípios da Região Sudoeste puderam trocar experiências acerca dos conhecimentos multiplicados sobre a produção de mandioca. Caravanas das regiões de Vitória da Conquista, Condeúba, Jânio Quadros, Piripá, Guageru, Tremedal, Belo Campo, Cândido Sales, Bom Jesus da Serra e Planalto participaram do “Dia de campo sobre variedades de mandioca” no campus da Uesb.
A atividade teve como objetivo apresentar aos participantes resultados de pesquisas realizadas com novas variedades de mandioca, realizadas na Instituição em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mostrando a necessidade de mudança dessas manivas. De acordo com o professor Anselmo Eloy, do Departamento de Fitotecnia e Zootecnia (DFZ), os resultados demonstram que, com a utilização de novas mudas, é possível aumentar em torno de 20% da produtividade. “No momento, um dos principais entraves para o aumento da área plantada é a qualidade do material de plantio. Hoje, temos poucas manivas e elas não estão boas em função da seca que aconteceu nesses últimos anos”, disse o professor.
Além disso, a distribuição dessas manivas foi realizada no evento, bem como a discussão de novas técnicas de cultivo dessa agricultura. Para isso, o analista técnico de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Helton Fleck, mostrou aos agricultores alternativas para o manejo e plantio da mandioca, além de destacar a importância de manter a qualidade dessas manivas. “Existe a necessidade de mudança de hábitos de todos os setores da cadeia, que é enxergar o material propagativo como produto de alto valor e que possui um cuidado diferenciado, uma seleção diferenciada, um planejamento, técnicas de uso de cuidados para que se preserve a qualidade genética e a qualidade fitosanitária, ou seja, uma planta sadia”, pontuou o técnico.
É assim que o jovem produtor rural e também membro da Associação de Produtores de Mandacaru, comunidade de Bom Jesus da Serra, Leoman dos Reis, vem defendendo na sua região. “Extremamente importante nós, jovens, estarmos participando de ações como essa, pois assim aprendo como trabalhar de forma correta com a terra. Eu olho pra minha terra como um empreendimento e, cada dia que passa, é preciso estar buscando algo melhor, pois são muitos anos olhando pra ela de forma errada, fazendo o uso de queimadas, por exemplo”, pontuou o agricultor.