Como tornar a Matemática mais atrativa para os estudantes da Educação Básica? O desafio está posto e os caminhos para superá-lo precisam ser traçados. Na 5ª Jornada de Estudos Geem, que teve início na tarde desta segunda-feira, 24, no campus de Vitória da Conquista, o fomento às expressões artísticas ganha destaque como uma das alternativas possíveis para vencer essa barreira e contribuir para que alunos de escolas do Ensino Médio e Fundamental tenham mais entusiasmo pela disciplina.
Nesta edição, o evento agrega à sua programação o 1º Salão de Arte Matemática, um espaço para apresentação de trabalhos artísticos que buscam estabelecer um vínculo com as Ciências Exatas. “Nós abrimos inscrições para o Salão durante um período relativamente pequeno e tivemos 30 inscritos, com trabalhos muito interessantes. Temos vídeos, desenhos, pinturas, objetos, instalações, enfim, as mais diversas possibilidades de desenvolvimento da arte e todas elas contemplam a Matemática. Muitos estudantes a veem como uma coisa enfadonha. Então, o que nós estamos tentando fazer é torná-la mais agradável a todos”, afirmou o professor Claudinei de Camargo Santana, coordenador da Jornada e do Grupo de Estudos em Educação Matemática (Geem).
Os melhores trabalhos apresentados durante o evento foram premiados e, para isso, um corpo de jurados foi selecionado para avaliar as produções inscritas. O artista plástico Genivaldo Amorim veio de Valinhos, no interior de São Paulo, para compor o júri. “Eu fiquei muito feliz com o convite e com o resultado dos trabalhos, pois estou tendo a oportunidade de ver algo começando. Para quem está participando do Salão, é um desafio enorme fazer um trabalho que envolva a arte e a Matemática”, comentou.
Diversos estudantes do Ensino Médio estiveram presentes na Jornada, que também tem como um de seus objetivos centrais aproximar as comunidades escolar e universitária. A professora Cosmerina Angélica, do Colégio Polivalente de Vitória da Conquista, por exemplo, trouxe seus alunos com o intuito de fazer com que eles tenham contato com dois dos pilares fundamentais da universidade: a pesquisa e a extensão. “Geralmente, a Educação Básica está muito distanciada da pesquisa e da extensão. Essa aproximação dos alunos com o Ensino Superior os incentiva a estudar mais, a querer ingressar na universidade e, com isso, alcançar melhores oportunidades profissionais e acadêmicas”, destacou a professora.