Há mais de 15 anos, o Grupo de Estudos de Ideologia e Luta de Classes (Geilc), vinculado ao Departamento de História (DH), do campus de Vitória da Conquista, desenvolve uma série de atividades com o objetivo de aliar academia e ciência política, por meio de viés histórico. Na noite dessa quarta, 26, o Grupo promoveu mais uma ação com essa perspectiva. Na oportunidade, foi exibido o filme “O jovem Marx” (2017), dirigido por Raoul Peck.
“Nós buscamos debater, de forma acadêmica e, também, politicamente, os momentos marcantes da história, além de discutirmos temas candentes da política nacional e internacional”, explicou o professor José Rubens Mascarenhas, coordenador do Grupo. Com isso, segundo ele, o Geilc é um espaço que busca refletir de forma mais ampla os problemas e a realidade da sociedade, numa perspectiva dialética. “O Grupo, nesse sentido, tem sido uma janela aberta para refletirmos sobre a realidade, para não esquecermos que qualquer e toda atividade da gente é também política”, reforçou o professor.
200 anos do nascimento de Karl Marx – Ainda conforme o professor José Rubens, o evento dessa quarta buscou lembrar da importância de Marx, filósofo socialista, que deixou um legado em diversas áreas, principalmente para Economia.
Após a exibição do filme, que conta a vida de Marx entre 1842 a 1848, houve uma roda de conversa, conduzida por Daniel Mota, integrante do Geilc e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade. “A nossa intenção é debater o que o filme retrata, que é desde a saída dele da Alemanha até a produção do manifesto comunista, que é quando as revoluções de 1848 acontecem, ou seja, discutir a trajetória de Marx dentro do movimento socialista internacional”, ressaltou Mota.
Para Daniel, essa e outras ações do Geilc mostram que o Grupo tem uma função importante dentro do meio acadêmico, pois sempre está desenvolvendo atividades de cunho político e crítico. “O trabalho do Geilc apresenta um contraponto às posições políticas do senso comum, o que traz uma reflexão mais profunda sobre a realidade”, destacou Daniel Mota.