O toque do berimbau, o ritmo envolvente, o gingado marcante. Uma das principais expressões culturais do povo negro no Brasil mistura música, dança e esporte. Pensando nessas características, nasceu, no campus de Itapetinga, o projeto extensionista “Capoeira: arte, cultura, educação e saúde”, em parceria com o Grupo de Capoeira Voo de Liberdade.
Coordenado pelo professor Wdson Vieira, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (DCHEL), o projeto busca difundir a técnica e a cultura da capoeira na comunidade, promovendo-a como uma forma de integração social e familiar, bem como contribuir para o desenvolvimento da consciência do cidadão e da elevação da sua autoestima. Atualmente o projeto atende crianças, adolescentes, jovens e adultos, principalmente, dos bairros periféricos de Itapetinga, entre eles, inclusive, uma criança com paralisia infantil.
Segundo o professor, os encontros são realizados quatros vezes por semana, quando os integrantes do projeto participam de várias oficinas, que vão desde a confecção e conserto de instrumentos musicais até momentos em que são apresentadas biografias de grandes mestres capoeiristas. E, claro, eles também aprendem movimentos e golpes específicos e coreografias relacionadas à capoeira.
As atividades contam com a colaboração de três monitoras voluntárias, capacitadas no ensino da capoeira: duas alunas dos cursos de Pedagogia e Engenharia Ambiental da Uesb e uma estudante do Programa Universidade Para Todos (UPT). De acordo com o coordenador da ação, as atividades do projeto têm ajudado os participantes a desenvolverem uma consciência crítica de mundo, como também uma consciência corporal que valoriza a saúde e os direitos do corpo de cada um.
Nesse sentido, o professor destaca outros benefícios da prática regular da capoeira. “Enquanto arte, amplia os horizontes e a cultura, enquanto educação, rompe preconceitos e aumenta as possibilidades como instrumento que promove a aprendizagem, e enquanto luta e dança, contribui para a saúde e a qualidade de vida dos seus praticantes”, afirma o docente.