O uso da tecnologia e uma melhor conectividade vêm se tornando formas, cada vez mais, de facilitar o dia a dia das pessoas. Para discutir esses avanços e de que maneira essa integração tecnológica pode contribuir para o melhor desenvolvimento de diversos serviços e redução da desigualdade social, o curso de Ciência da Computação deu início nesta terça, 23, a 11ª edição da Semana de Computação da Uesb.
Realizado no campus de Vitória da Conquista, o evento traz para o centro das discussões as cidades inteligentes, “estruturas montadas para prestação de serviços com a possibilidade de conectividade, melhoria da qualidade de vida, colaboração, sustentabilidade, gestão pública e privada, entre outras temáticas”, como explica o professor Gil Novais, um dos coordenadores da iniciativa.
Segundo o docente, a discussão vai além da área de tecnologia e chega, inclusive, nas Engenharias Civil, de Comunicações, Mecânica e Elétrica, por exemplo. “São várias outras áreas que contribuem para a possibilidade de um cidadão utilizar os serviços e a infraestrutura do que se chama de cidades inteligentes”, pontuou.
Egresso do curso de Ciência Computação, Leonardo Barreto falou sobre “Internet das coisas para cidades inteligentes”
Internet das coisas – Dentro da perspectiva desse conceito de cidade, outra abordagem foi trazida para a discussão com a palestra de abertura da Semana. A chamada “Internet das coisas” foi abordada pelo professor Leonardo Barreto, egresso do curso de Ciência da Computação e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba).
“Internet das coisas é um termo que está em voga, por conta da possibilidade de diversos dispositivos serem conectados à internet, não mais só os tradicionais. Esses dispositivos podem colaborar entre si para prover um bem comum. Aplicado no contexto de cidades, nós temos a possibilidade de os cidadãos terem serviços ao seu dispor com mais agilidade, facilidade e transparência, tais como serviços de mobilidade urbana, coleta seletiva, governança e, até mesmo, educação e saúde”, disse Barreto.
Entre essas aplicações, ele citou como exemplos o uso de aplicativos para verificação e reserva de vagas em estacionamentos públicos ou privados ou mesmo para que o cidadão notifique a gestão pública de irregularidades presentes no ambiente.
Gamification foi uma das metodologias ativas abordadas em workshop
Capacitação – Durante a semana, workshops e minicursos serão realizados com diversas temáticas. Na manhã desta terça, 23, as chamadas metodologias ativas foram socializadas com os participantes pelo professor Fabrício Pinto, da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).
Segundo ele, estudos já apontam que os alunos, em geral, tendem a perder a concentração em quinze minutos quando submetidos a ambientes de educação tradicional. Por isso, surgem as metodologias ativas. “Ao invés de o aluno ser o processo passivo, ele passa a ser o sujeito ativo do processo de ensino-aprendizado”.
Uma dessas metodologias é a Gamification, que utiliza da estrutura de jogos em outros ambientes, como a sala de aula. “A ideia é a gente utilizar os conceitos de jogos em ambientes que não são jogos, uma espécie de competição, onde vai ter recompensa, prêmios, pontuações e, no final, teremos um ranking. Ela tem sido usado bastante na educação e, também, em empresas”, explicou.
A Semana de Computação segue até sexta, 26, e a programação completa pode ser conferida no site do evento.