Com o objetivo de avaliar o Ensino Remoto Emergencial (ERE), nos dias 10 e 11 de fevereiro, a Assessoria de Acesso, Permanência Estudantil e Ações Afirmativas (Aapa) e a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) se reuniram, de forma virtual e em momentos distintos, com representantes da comunidade acadêmica dos três campi da Uesb.
A partir do resultado do questionário de avaliação do ERE, as coordenações dos Colegiados de curso, diretores de Departamentos e representantes estudantis da Uesb dialogaram sobre os impactos da modalidade adotada pela Instituição para dar continuidade as atividades de ensino na graduação.
Números do ERE – Nas reuniões, os grupos analisaram as respostas contidas nas avaliações discente, docente e de coordenadores e diretores do ERE 2019.2. Foram tabuladas, pouco mais de 2.500 participações entre o público-alvo do questionário. Quase 90% dos alunos, por exemplo, responderem que, para estudarem, acessam a internet por rede fixa/banda larga; 13,6% por rede móvel (3G ou 4G) e 5,9% possui outra forma de acesso.
Ao serem questionados quanto aos equipamentos utilizados para a realização das atividades, 57,2% dos professores apontaram que é adequado; 41,5% disseram que é possível realizar as atividades, mas com dificuldade; e 1,3% responderam que é totalmente inadequado. Na avaliação dos diretores e coordenadores, quanto ao Curso de Formação Docente em Tecnologias Digitais ofertadas pela Uesb, 42% consideraram bom (ajudou parcialmente); 38% avaliaram como ótimo (ajudou totalmente); 12% regular (ajudou pouco) no planejamento e organizações das disciplinas no ERE. 8% responderam que não fizeram o curso.
Para a professora Selma Norberto, assessora de Acesso, Permanência Estudantil e Ações Afirmativas, proporcionar um momento de escuta é essencial para o andamento do processo. “O Ensino Remoto foi percebido pelos discentes, de um modo geral, como uma experiência marcada por sentimentos ambivalentes. Há relatos do estresse e cansaço, mas, também, da oportunidade de vivenciar uma experiência nova e enriquecedora”, analisou.
Questões como a didática-pedagógica-metodológica do trabalho docente, quantidade de atividades síncronas e assíncronas, acesso as ferramentas tecnológicas e boa qualidade no sinal da internet, acessibilidade, saúde mental dos discentes e condições socioeconômicas da comunidade acadêmica foram levantadas como pontos a serem melhorados. “É um momento de responsabilidade compartilhada, onde docentes, discentes e gestão precisam ter autonomia e confiança mútua”, completou Norberto.
Somando forças – Muitas dificuldades foram relatadas, mas o empenho da gestão em garantir as condições básicas de aprendizagem, em um momento tão desafiador e inovador para todos, também foi mencionado pelos participantes. “Todo ato de reflexão sobre as ações e atividades desenvolvidas pela Universidade é de suma importância para a tomada de decisões”, avaliou José Lúcio Santos Muniz, coordenador do curso de Pedagogia no campus de Itapetinga.
Pró-reitor de Graduação, o professor Reginaldo Pereira considerou que as reuniões foram propositivas e de extrema importância ao debater, coletivamente, os assuntos e todos os problemas e novidades impostos pela crise sanitária do Covid-19 na educação universitária da Uesb. “Nosso objetivo com as reuniões foi fazermos uma avaliação do questionário diagnóstico aplicado e essa escuta foi importante para planejarmos 2020.1, refletirmos sobre as experiências positivas com o ERE e discutirmos os problemas que encontramos no semestre passado”, sinalizou.
Representando o Diretório Central do Estudantes (DCE), Rosicleide Nascimento Silva, coordenadora geral e aluna de Pedagogia do campus Jequié, destacou a importância do diálogo e avaliação constante sobre o ERE, além da necessidade da gestão em ampliar os serviços de Assistência Estudantil e uma atenção especial para os cursos da área de Saúde. “É essencial que possamos nos debruçar para viabilizar alternativas para atender as demandas dos estudantes em situações de vulnerabilidade social e econômica, além de que, quando houver o retorno gradual das atividades presenciais, é essencial que possamos garantir a segurança de todo o corpo universitário”, observou.
Integração 2020.1 – A fim de minimizar os impactos do Ensino Remoto Emergencial, ainda durante as reuniões, os participantes discutiram acerca da programação da Semana de Integração Unificada, que será realizada entre os dias 22 e 26 de fevereiro, como um importante instrumento de acolhimento aos estudantes que vão começar a vida acadêmica na Uesb, bem como daqueles que já compartilham dessa experiência.
O resultado completo do questionário diagnóstico do Ensino Remoto 2019.2 está disponível aqui. Todas as informações e novidades sobre a modalidade podem ser acessadas pelo site do ERE.