Camomila, hortelã, babosa, maracujá, capim-santo. As plantas medicinais utilizadas em nosso dia a dia são inúmeras. Algumas são mais comum, outras, ainda pouco conhecidas. No intuito de informar os efeitos e as contra-indicações descobertas pela ciências sobre essas plantas medicinas, o curso de Ciências Biológicas, campus de Vitória da Conquista, promoveu uma ação especial nesta sexta, 21, durante a Feira Agroecológica da Uesb.
Motivados em promover uma conscientização sobre o uso racional de plantas, a ação é fruto da disciplina “Plantas Medicinais”, que integra a grade curricular do curso. Iara Pacheco, discente de Ciências Biológicas, vem se debruçando no estudo dessa temática, sobretudo o efeito disso em gestantes, para seu trabalho de conclusão de curso.
Para a estudante, a ação em espaço popular é importante para estabelecer esse diálogo entre o saber popular e a ciência, principalmente para informar sobre as contra-indicações de algumas plantas. “Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas consomem o chazinho da planta medicinal, seja pra uma cólica, seja pra uma insônia, mas a maioria não sabe quais são realmente os efeitos que essas plantas causam. Então, estamos tentando trazer esse alerta”, apontou.
Os membros da comunidade que estiveram na Feira aprovaram a iniciativa. Foi o caso da estudante de Psicologia, Meire Prado, que afirmou ter o costume de consumir chás com plantas medicinais em casa. “Eu e toda minha família temos esse costume. Aprendi coisas interessantes que eu não sabia, principalmente, a respeito do chá de camomila. A gente acha que ele é calmante, e ele realmente é, mas, tomando em grande quantidade, ele acaba tendo um efeito reverso. Foi um impacto bem grande porque eu não sabia”, contou.
Cultivo de plantas em garrafas PET foi uma das informações compartilhadas no espaço
Sustentabilidade – Formas alternativas para plantar e cultivar essas plantas medicinais também estiveram em foco durante a ação. A intenção é propor formas diferenciadas, práticas e sustentáveis, capazes de ser cultivadas em casa, por exemplo.
“Pensando na questão do meio ambiente, a gente traz formas de plantio e cultivo dessas plantas. Hoje, a gente trouxe o uso da garrafa PET. Temos, aqui, vários tipos de plantas cultivadas em modelos diferentes de garrafa PET para aguçar a curiosidade e oferecer ideias para as pessoas plantarem em suas casas”, explicou a professora Gabriele Marisco, organizadora da iniciativa.
Além dos espaços para informações medicinais, o projeto “Ações educativas sobre o cuidado com animais domésticos e de rua para promoção da saúde única” esteve presente com um brechó solidário, no qual toda a arrecadação será destinada para animais, auxiliando em medicamentos, ração, castrações, custos veterinários.