Ver o aprendizado acontecer. Para isso, os estudantes que chegam ao sétimo e penúltimo semestre do curso de Comunicação Social e Jornalismo, campus de Vitória da Conquista, encontram no site Avoador a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido. “É um momento muito formativo, porque a gente tem contato com o outro, com a nossa turma, e contato com o próprio texto jornalístico, mais profundo, com uma apuração mais completa. Isso é muito importante para a nossa formação, sentimos que vamos para o mercado de trabalho mais preparados”, definiu a estudante do curso Victoria Lobo.
A plataforma é um produto laboratorial da disciplina Comunicação Digital, idealizada pela professora Carmen Carvalho, em 2016. Com mudanças que levaram a uma nova organização visual e editorial, na última sexta, 20, foi lançado o novo Avoador. A programação de lançamento teve início com a mesa de debate “Notícias Falsas nas Eleições de 2018”, com a participação dos jornalistas Diego Iraheta, editor-chefe do site Huffpost Brasil, e Paulo Rebêlo, da agência Paradox Zero. A professora explica que foram acrescidas ao site novas editorias, como “Xereta”- que é voltada para a checagem de informações, que são compartilhadas nas redes sociais, e de falas de políticos.
Essa é a terceira turma que tem a oportunidade de produzir para o Avoador. “Quando eles chegam à disciplina, a gente faz algumas discussões teóricas, mas nós trabalhamos mais a prática, que é aplicar os conceitos que eles viram anteriormente. A gente tem tido uma evolução muito grande nesse sentido, os alunos têm se comprometido para fazer um jornalismo mais aprofundado e com muita responsabilidade”, contou a professora.
O lançamento faz parte das comemorações pelos 20 anos do curso de Jornalismo e inclui também um minicurso sobre “Redes Sociais”, que acontece neste sábado, 21, e domingo, 22, ministrado pelo jornalista Paulo Rabêlo.
Fake news – Para o jornalista Diego Iraheta, enquanto a internet traz o aspecto positivo de quebra dos grandes monopólios jornalísticos, possibilitando a comunicação democrática e horizontal, o efeito colateral é de que todos se tornam produtores de conteúdo, no entanto, sem a preocupação com a apuração – que é própria da rotina jornalística. Nesse sentido, ele destaca a importância da discussão para esclarecer sobre o tema.
“Tem uma questão de conscientização das pessoas sobre o que é verdade ou não e de alertar para que antes de compartilhar, se verifique. Nem todos estão preparados para serem geradores de notícia. Muita gente vai agir de má fé, outras pessoas serão imprecisas, tem muita gente que não tem noção jornalística nenhuma”, pontuou.