O projeto de pesquisa é o primeiro passo e principal instrumento para a vivência da pós-graduação. Ainda durante a graduação, muitos estudantes chegam a ter um conhecimento preliminar dessa ferramenta, mas é para a admissão de processos seletivos, tanto de Mestrado como de Doutorado, que se torna fundamental conhecer as melhores formas de elaborar um projeto de pesquisa.
Nesse sentido, teve início nessa quinta, 22, no campus de Vitória da Conquista, o curso “Como elaborar projetos de pesquisa“, promovido pelo Laboratório de Estudos em Cognição e Linguagem (LeCogLing). A iniciativa está sendo ministrada pela professora Maíra Avelar, do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (Dell), em parceria com Helder Rocha, egresso da Uesb e doutorando em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
De acordo com Rocha, “a elaboração de um projeto de pesquisa perpassa pela organização do pensamento do que será uma pesquisa posterior. Então, é muito mais um trabalho da linguagem”. Para contribuir com essa etapa, ele explicou que a proposta do curso é mais de reflexão do que de apresentação de manuais técnicos, que são facilmente encontrados na internet. “A gente quer, na verdade, bater mais um papo com pessoas que já tem uma trajetória e um interesse, que já tem um problema de pesquisa, e trabalhar esse problema de uma forma mais crítica, com um olhar mais reflexivo sobre esse objeto e sobre o próprio processo da elaboração da pesquisa”, esclareceu.
A ideia foi bem aceita. Segundo a professora Maíra Avelar, o curso foi bastante procurado, chegando a totalizar mais de 200 inscritos. “Isso mostra a demanda reprimida que estava aí para ser preenchida”, ponderou. No entanto, a quantidade de vagas foi limitada e a seleção dos alunos priorizou a diversidade de áreas justamente para garantir a possibilidade de reflexão em torno dos problemas já definidos.
A organizadora lembrou ainda que o curso, que surgiu de pedidos dos alunos da Uesb, contempla os três pilares da Universidade: “a extensão, porque é aberto à comunidade interna e externa, com muitos inscritos de outras universidades; a pesquisa, porque vai trabalhar de maneira crítica e reflexiva em cima do que é um projeto de pesquisa; e o ensino, porque, de alguma forma, os alunos precisam congregar as coisas que eles já sabem para poder formular um bom projeto”.