Um passo importante em direção à garantia de direitos sociais foi dado na noite dessa última quinta, 5, no campus de Vitória da Conquista. O Diretório Central dos Estudantes (DCE), com a gestão Kamayurá, promoveu o lançamento do Núcleo de Combate às Opressões e Assédio (Nucoa).
Pensado a partir da necessidade de combater os casos de assédio e de opressões a minorias sociais dentro da Universidade, o Núcleo é a primeira ação dessa gestão a ser posta em prática. “A gente propôs criar esse Núcleo para tentar trabalhar em prol de uma melhoria desse quadro na Universidade de forma tática e com formação. O Núcleo é para auxiliar esses estudantes e promover formação nessa área”, explicou Naila Araújo, atual coordenadora da temática Feminista do Diretório.
Com a implantação, algumas estratégias já foram traçadas para que o trabalho seja efetivo. Segundo Araújo, o primeiro passo é trabalhar com formação profissional sobre o assunto por meio de um grupo de estudos. Toda as discussões promovidas resultarão em um Seminário, no qual será possível dialogar sobre formas de combate a essas práticas, por exemplo. Outra medida é a promoção de uma campanha de combate ao assédio e às opressões na comunidade acadêmica.
Ingressando agora no curso de História, Ludmila Gomes acredita que o Núcleo é um espaço para o aluno se sentir mais seguro. “A gente ouve falar de assédio todos os dias dentro de universidades. Eu acho que isso é muito importante porque dá uma segurança maior pro aluno que está chegando”.
Mesa de discussão – Para o lançamento, o DCE realizou uma mesa de discussão com profissionais dedicados ao estudo dessas questões. Intitulada “Opressões e assédio: qual o lugar das minorias sociais na universidade?”, o espaço contou com a presença da professora Márcia Lemos, do Departamento de História (DH) da Uesb; a jornalista Halanna Andrade, membro do Coletivo LGBT Comunista; e Ari Fernandes, discente do Mestrado em Educação da Uesb.
Para Andrade, abordar esse assunto é fundamental, sobretudo na Semana de Integração, espaço no qual novos estudantes estão ingressando na Universidade. “Essa mobilização, esse processo de formação política, é essencial para que a gente evite que casos desse tipo aconteça dentro da Universidade. Me deixa muito feliz que isso esteja acontecendo agora e que tem um horizonte realmente de que as coisas avancem”, pontuou a jornalista, que também faz parte da comunidade acadêmica há dez anos.