Começou nessa segunda-feira, 9, o 1º Workshop Natureza, Tecnologia e Sociedade (Natus), no campus de Itapetinga, promovido pelos discentes do curso de Biologia. O evento, que ocorrerá até o dia 11 de julho, envolve apresentações de trabalho, minicursos, palestras e exposições. A abertura contou com uma mesa-redonda sobre animais silvestres, exposição de taxidermia e apresentação de um projeto realizado pelos alunos do Colégio Municipal Sizaltina Fernandes, em Itapetinga.
A bacharelanda em Biologia e organizadora do evento, Juliane Portugal, explica que os discentes decidiram propor o Workshop a partir da necessidade de discutir questões ambientais com a comunidade acadêmica, mas, especialmente, com os alunos do ensino médio. “Convidamos e conseguimos engajar discentes das escolas da educação básica da cidade”, afirma Portugal. Foi o caso, por exemplo, dos 30 alunos do Colégio Municipal Sizaltina Fernandes, que compareceram em peso para apresentar o projeto “Defensores da Escola”, criado pela professora Sônia Gorette.
Ela conta que, em 2013, precisou fazer uma intervenção pedagógica na escola, pois a situação da estrutura estava caótica: “chamei alguns alunos e, juntos, consertamos carteiras, retiramos lixos e fizemos uma limpeza geral”. A partir desse momento, ela resolveu oficializar o projeto “Defensores da Escola”, com o objetivo de ressignificar o espaço externo do colégio. “Em apenas um ano plantamos mais de 20 árvores, fizemos hortas e pintamos a escola. Os pais e mães notam o amadurecimento dos seus filhos”, orgulha-se a professora.
Exposição – além da mesa-redonda e do bate-papo com os alunos, o início do Natus também contou com uma exposição de taxidermia – conhecida popularmente como empalhamento. Aline Soares, graduanda de biologia da Universidade Federal da Bahia, do campus de Vitória da Conquista, trouxe os animais para apresentar ao público do evento e também para realizar uma campanha de combate ao tráfico de animais silvestres. Segundo Soares, o Centro de Triagem de Animais Silvestres repassa para a UFBA os animais que foram traficados, mas, diante dos maus tratos, não resistiram e morreram. Começa, então, conforme explica a expositora, o processo de taxidermia, que consiste na “limpeza das vísceras dos animais, colocação de algodão na parte dos órgãos e a recolocação deles em cenário semelhante aos que eles habitam, como galhos”. Os animais são usados em aulas, mas, especialmente, em exposições com o intuito de alertar. “Aqui temos as dez aves mais traficadas no Brasil, como a “sofrê”, com um canto melodioso característico. De mamíferos, temos o tatu e a preguiça de três dedos”, diz Soares.
Quem quiser acompanhar a programação completa do Natus, basta entrar no site do evento clicando aqui ou entrar em contato com os organizadores pelo e-mail 2018natus@gmail.com.