Com o objetivo de promover a participação cidadã por meio da Universidade, o Programa de Educação Tutorial em Ciências Econômicas (PET Economia) realizou nessa quarta, 29, a primeira etapa da atividade extensionista “Análise da conjuntura política 2018”. O encontro teve como foco o cenário baiano, a partir das explanações dos professores Vinicius Correia Santos, economista do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA), e Matheus Silveira, cientista social do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas.
Destacando o diálogo entre as áreas e entre as vertentes de ensino-pesquisa-extensão, o professor Matheus Silveira sublinhou a importância de se transmitir para a comunidade o que vem sendo pesquisado. Ele buscou, a partir de um retrospecto histórico, apresentar os elementos que constituíram ao longo do tempo a compreensão do espaço da Bahia no contexto político nacional.
Nesse sentido, o cientista social abordou “o lugar relativo da Bahia frente aos outros estados, retomando ao início do século 20, quando se dá o processo de estagnação da Bahia, primeiro economicamente, mas se mantendo uma influência política pelo menos até a década de 1930, quando se tem uma reordenação política do país”. O professor complementa que o ostracismo no Estado permaneceu até a década de 1960: “É quando se tem uma retomada econômica, a partir do petróleo, no Polo de Aratu e no Polo Petroquímico de Camaçari, na década de 1970, que a Bahia recupera um pouco do seu lugar relativo na economia brasileira. Politicamente, a partir da redemocratização, com o fato da Bahia ter uma população muito grande, lhe restitui o peso político que, ainda que se esteja longe de estar entre os estados hegemônicos, é uma balança importante, digamos assim, fiador de projetos de poder”.
Já o economista Vinicius Correia Santos apresentou como tem sido a política fiscal no Estado. “A gente tenta discutir um pouco alguns aspectos das microrregiões da Bahia e suas características, como é a evolução do emprego e da pobreza extrema. Além disso, como o governo, por meio da sua política fiscal e da sua arrecadação, gasta isso: se é com investimento ou com juros de amortização da dívida pública, por exemplo”, apontou.
O discente Iago Santos Aguiar, integrante do PET Economia e um dos organizadores da ação, explica que o objetivo do Projeto é contar com a participação da comunidade externa e de representantes de movimentos sociais, e “transmitir para o público em geral as noções que quem está inserido em um curso desse tem. Que é uma análise diferente, uma nova forma de ver as perspectivas de programas de governo, de atuação e econômicos. O pensamento é de que esses grupos se unam mais à Universidade, e estejam aqui para acompanhar essas análises”, concluiu.
A programação do Projeto é de que no dia 27 de setembro seja realizada a segunda etapa, com a análise da conjuntura política e econômica do país.