O processo de alfabetização, que envolve o ensino e aprendizagem da leitura e escrita, é uma ferramenta fundamental para que os indivíduos possam exercer sua cidadania de forma efetiva. No entanto, apesar das escolas se dedicarem a essa tarefa, não necessariamente todos os alunos aprendem a ler a escrever com o mesmo domínio e fluência.
Muitas crianças, por diversos motivos, têm dificuldades de aprender a ler e escrever. No intuito de criar condições para acelerar a aprendizagem dos rudimentos em leitura e escrita em alunos que estão tendo dificuldade para se alfabetizar, está sendo executado, no campus de Vitória da Conquista, o projeto de extensão “Liga da leitura Uesb – Ensino individualizado e informatizado de leitura e escrita”.
De acordo com o professor do curso de Psicologia, Antonio Maurício Moreno, coordenador do projeto, a ação é baseada em uma iniciativa da Universidade Federal de São Carlos, que criou um programa de ensino informatizado para aplicação individualizada no intuito de estimular as habilidades necessárias para a escrita e leitura. “Isso é feito a partir de tarefas como relacionar estímulos visuais (figuras de objetos e palavras escritas) e sonoros (nomes de letras e palavras) usando-se um programa de computador, construir palavras, a partir da seleção de letras individuais, cópias e, para crianças com aprendizagem mais avançada, com a criação de histórias em quadrinhos, também no computador”, explica o coordenador.
O projeto está sendo realizado no Colégio Interativo Cooeduc, em Vitória da Conquista, com crianças do terceiro ao quinto ano. Na escola, foi montado um laboratório de informática especialmente para a realização das atividades da Liga. Para a execução da ação, o projeto conta com 14 discentes de Psicologia, devidamente treinados para a aplicação do programa e condução das atividades com as crianças.
Conforme o professor Antonio Maurício Moreno, após avaliação dos alunos, serão selecionados aqueles que integrarão o projeto e participarão das sessões do programa de leitura e escrita. Ainda segundo o docente, o número de sessões necessárias para alcançar os objetivos da Liga poderá variar, uma vez que se trata de ensino individualizado. No entanto, ele ressalta que a ideia, posteriormente, é atender outros públicos, como, por exemplo, contemplar a alfabetização de adultos.