Citogenética é o ramo da Biologia que estuda a estrutura e função da célula, principalmente os cromossomos, que são estruturas compostas de DNA que, por sua vez, carregam os genes responsáveis por definir as características físicas particulares de cada indivíduo, como a cor dos olhos. Para muitos, essas definições ficam apenas nos livros, mas discentes do bacharelado e da licenciatura em Ciências Biológicas da Uesb tornaram os cromossomos visíveis e o DNA palpável no evento “Citogenética na Praça”, que aconteceu na última terça-feira, 3, no campus de Vitória da Conquista.
Em comemoração ao Dia do Biólogo, os discentes da disciplina “Citogenética Geral” montaram uma tenda com um modelo de DNA, feito por eles, e uma demonstração sobre o processo de cruzamento dos cromossomos. Ainda fizeram parte da dinâmica, um jogo da memória com elementos da citogenética e um jogo de trilha com perguntas e respostas. Cromossomos reais de vegetal, anfíbios e humanos também puderam ser vistos pelos visitantes por meio de microscópios.
Os alunos da Escola Municipal Bem Querer ficaram animados com a visita à tenda e teve até quem saísse de lá se imaginando em um curso na área de Biológicas, como Hudson Souto, aluno do 6ª ano. “É muito legal ver que tudo que a gente vê no livro é de verdade. Eu sempre amei Biologia e ver esses cromossomos no microscópio me deixou mais fascinado ainda”, disse entusiasmado.
Segundo a professora da disciplina e coordenadora do evento, Luciana Aleixo, a iniciativa é uma forma de democratizar a informação. “Muitas vezes, a comunidade vê a universidade como algo inalcançável, fechado, e essa é uma forma da gente pegar a informação e as pesquisas que são geradas dentro da nossa Instituição e deixar isso mais palatável e próximo da comunidade”, afirmou Aleixo.
Júlio Moraes, discente do 7º semestre do bacharelado em Ciências Biológicas, destacou a ação como um espaço para trocar a teoria pela prática. “Diante de uma rotina, onde a gente simplesmente absorve conteúdo, esses momentos nos dão a oportunidade de mostrar o que a gente aprendeu e, também, fazer com que outras pessoas tenham acesso a esse mesmo conhecimento de forma lúdica”, observou.