A pequena Ana Maia está no 7º ano do Ensino Fundamental. Já Aline Brito é estudante do Mestrado em Ensino da Uesb. Gabriel Lopes, por sua vez, está concluindo o último ano do Ensino Médio. Apesar de estarem em momentos de formação diferentes, eles estão participando juntos do 2º Salão de Arte Matemática da Uesb.
A atividade extensionista, promovida pelo Grupo de Estudos em Educação Matemática (Geem), do campus de Vitória da Conquista, busca estreitar o contato das pessoas com a disciplina, que ainda é vista por muitos como algo complicado e difícil. A proposta possibilita também uma integração maior entre a Educação Básica e o Ensino Superior. “Queremos aproximar mais o pessoal da Matemática e diminuir esse terror que as pessoas sentem, mostrando que trata-se de uma ciência muito bonita e que tem muita ligação com a arte”, afirmou a professora Irani Parolin, do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET) e uma das organizadoras do Salão.
A vernissage do evento foi realizada nessa segunda, 2, com a participação das artistas plásticas conquistenses Edméa de Oliveira e Valéria Vidigal, que também integraram a equipe da comissão julgadora do Salão. Na oportunidade, elas ressaltaram a importância da Matemática para a produção artística. “A Matemática está envolvida direta e indiretamente em todo tipo de arte, seja nas Artes Plásticas, na Arquitetura ou na Escultura. A Matemática está na proporção de mistura de tintas e pigmentos, na ampliação e redução de uma obra, quando você vai trabalhar uma composição”, explicou Valéria Vidigal.
Dezenas de pessoas se inscreveram no 2º Salão de Arte Matemática com diferentes tipos de produções, desde vídeos até pinturas, fotografias e esculturas. Todas as peças mostram algum aspecto ou teoria matemática. Gabriel Lopes, por exemplo, abordou a Evolução da Espacialidade em seu trabalho, aplicando conceitos relacionados ao espaço.
Segundo ele, o processo da produção artística para o Salão foi uma oportunidade de manifestar e desenvolver talentos, além de ser um momento de quebrar alguns tabus em relação à aplicação dos conceitos matemáticos. “A Matemática, simplesmente, está em tudo. Então, quando criamos algo, como a arte, podemos perceber isso”, afirmou o aluno.
Para o professor Claudinei De Camargo, coordenador do Geem, em sua 2ª edição, o Salão de Arte Matemática se consolida como um importante instrumento de aproximação não só das pessoas com a Matemática em si, mas também da Universidade com a comunidade externa. “Com esse projeto, a gente vem conseguindo atingir escolas de todos os níveis. Parece que a gente encontrou um caminho de falar de Matemática para todas as idades, preferencialmente, fora dos muros da Universidade”, ressaltou o docente.
As obras do 2º Salão de Arte Matemática estão expostas no foyer da Biblioteca Central. Os visitantes podem conferir os trabalhos até o dia 20 de dezembro.