Para muitos alunos, a Matemática é um dos grandes monstros na época da escola. Para Michelle Ferraz, estudante de Pedagogia da Uesb, o estudo da Matemática se tornou um desafio científico, no qual o grande intuito era encontrar um mecanismo pedagógico que tornasse o aprendizado da disciplina mais estimulante. Durante o 23º Seminário de Iniciação Científica da Uesb, Michelle integrou o time de bolsistas do Programa de Iniciação Científica, o Pibic, que apresentou as pesquisas desenvolvidas na Instituição, de agosto de 2018 a julho deste ano.
A pesquisa de Michelle faz parte do projeto “A Fazendinha”, coordenado pela professora Tânia Gusmão, do Departamento de Ciência Exatas e Tecnológicas (DCET). A proposta é auxiliar o ensino de Matemática, sobretudo na Educação Básica, por meio do lúdico. “Estamos numa geração que vive no mundo da tecnologia. Qual a criança que não tem acesso a um celular ou a um computador nem que de forma rápida? Então, nós pensamos em um jogo, que traz o sistema binário, um assunto da Matemática, onde a criança vai jogar sem perceber que está aprendendo. Depois, ela consegue relacionar com a Matemática”, explicou a pesquisadora.
Base para o futuro da ciência – Durante o Seminário, pesquisadores de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) avaliaram as pesquisas expostas nos três campi da Universidade. Entre eles, estava o professor George Albuquerque, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Para o docente, o Programa de Iniciação Científica é o início da construção da ciência. “O Pibic é, na verdade, o principal programa para a ciência nacional, porque é ele que reconhece, identifica e capta os pesquisadores do futuro do Brasil. Hoje, o Brasil ocupa a 13ª posição em produção científica no mundo porque, anos atrás, alguém imaginou criar um Programa de Iniciação Científica para que a gente tivesse, no futuro, ciência e tecnologia”, observou.
Nesse último ano do Programa de Iniciação Científica, a Uesb contou com 327 bolsas, financiadas pelo CNPq, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e pela própria Universidade. “Nós temos pesquisas com impacto relevante para a produção de conhecimento, tanto conhecimento básico, como aplicado. Isso é fundamental porque a Universidade se mostra para a sociedade como uma parceira na solução de problemas da sociedade, do meio produtivo, dos movimentos sociais e de tantos outros espaços”, pontuou o professor Robério Rodrigues, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.
A 23ª edição do Seminário trouxe como novidade a apresentação de todos os resultados desses bolsistas em forma de pôsteres, dispostos em áreas de convívio da Universidade, uma forma de aproximar toda comunidade acadêmica das pesquisas desenvolvidas dentro da Instituição. A programação do evento foi dividida pelos campi, iniciado em Jequié, passando por Vitória da Conquista e finalizando em Itapetinga.