Entender as florestas como um importante sistema natural, social e econômico, garantindo a sua manutenção por meio de práticas conscientes de valorização. Com essa proposta, teve início nessa quarta, 14, a 5ª Semana de Engenharia Florestal da Bahia (Seeflor) e a 2ª Mostra de Pós-Graduação em Ciências Florestais da Uesb. O evento, que reúne estudantes da área florestal, tanto da graduação quando da pós-graduação, acontece até a próxima sexta, 16, no campus de Vitória da Conquista.
Na conferência de abertura, o tema “O Inventário Florestal Nacional: contribuições para a melhoria das Formações Florestais Brasileiras” foi abordado pelo professor Joberto Veloso de Freitas, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o professor, em todas as partes do Brasil há remanescentes de florestas naturais e também florestas plantadas, e, devido à expansão da agricultura e de outros usos da terra, existe uma dificuldade em se obter impressões sobre esses ambientes. Assim, muitas vezes, é desconhecido o poder das florestas de se gerar recursos econômicos com produtos não madeireiros que podem ser usados pelas pessoas que moram ao redor, por exemplo. “Quando discutimos a valorização das florestas, na verdade, estamos tentando protegê-las. Quanto mais a gente conhece as florestas, e sabe tirar delas algum benefício, seja econômico, social, ou mesmo um valor espiritual ou algo relacionado, contribuímos para que elas sejam mantidas e sejam vistas como um ativo que pode também gerar emprego e renda”, explica.
Uma perspectiva que deve ser contemplada por todos, tanto por pequenos produtores como pelas grandes empresas. É o que destaca o coordenador do colegiado do curso de Engenharia Florestal e do evento, professor Dalton Longue Jr.: “A gente tem que defender, preservar, conservar e produzir, para que a sociedade tenha os recursos florestais em qualidade e quantidade”. O professor lembra que a 5ª Seeflor promove esses mecanismos, com a presença de grandes nomes da área.
Pela segunda vez, o diálogo entre a pós-graduação e a graduação também é uma das características marcantes do encontro. A parceria é ressaltada pela coordenadora do Programa Pós-graduação em Ciências Florestais da Uesb, professora Patrícia Barreto Garcia. “Essa é uma oportunidade singular. Quando a Capes aprovou o curso em 2014, a gente pensou na necessidade de suprir uma demanda já existente na região, especialmente dos nossos egressos. Então, expor os trabalhos da pós-graduação no evento é uma oportunidade dos alunos da graduação, e também de outras instituições, testemunharem os trabalhos que a gente está desenvolvendo e se estimularem para futuramente participar do nosso Programa”.