O processo de internacionalização de uma universidade transcende as questões acadêmicas e científicas. “Além de aumentar o valor das instituições em relação a sua visibilidade para o exterior, por meio do aumento na qualidade e números de pesquisas, a internacionalização também traz a possibilidade de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país”, é o que pontuou o professor Isac Medeiros, pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), durante a abertura do 1º Seminário de Pós-Graduação da Uesb, realizado nessa terça, 4, no campus de Vitória da Conquista.
A proposta do evento foi discutir acerca da criação e implementação da política de avaliação e internacionalização da pesquisa na Uesb, apresentando o cenário atual do país e também as diretrizes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) quanto ao processo. Ainda de acordo o professor palestrante, para isso, é importante que a instituição, inicialmente, conheça suas potencialidades e priorize ações que possam efetivamente levar ao processo de internacionalização.
Dentre os pontos abordados para reforçar esse caminho, um dos membros do comitê executor do processo de internacionalização da Uesb, Tayrone Félix, comentou que para ter acesso aos editais de apoio pra essa ação é preciso que a universidade avance nesse quesito. “A importância se dá também pela relação direta com a busca de recursos para pesquisas e também para a própria pós-graduação”, defende Felix.
Atualmente, a Universidade está em curso para criar as condições necessárias para a internacionalização. Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uesb, professor Robério Rodrigues, o primeiro passo é construir um plano estratégico e organizado para promover a internacionalização, para além das ações individuais dos pesquisadores.
Ainda segundo o professor, a política deve ser inserida no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e, em seguida, com a definição dessas políticas de internacionalização, angariar recursos para investimentos específicos nesse setor, com o objetivo de cumprir as metas estabelecidas no projeto. De acordo com Rodrigues, com a internacionalização, a Uesb se insere na perspectiva de captar recursos também no exterior. “Existem muitas agências de fomento internacional que buscam parcerias para financiar pesquisas no mundo inteiro e nós estamos hoje fora desse ambiente e isso não dá pra perdurar”, explicou o professor.
A perspectiva é que no próximo ano seja construída a política de internacionalização da Universidade. Até o momento, uma minuta está sendo criada pelo comitê executor do projeto para ser enviada à comunidade acadêmica analisar e também propor alterações.