O universo de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais e daquelas pessoas que não se sintam contempladas pelas outras iniciais, ou simplesmente LGBTQI+, quebrou as barreiras de um mundo estruturado na cultura heterossexual e no binarismo de gênero. Com o reconhecimento da diversidade sexual, despontou a necessidade de se garantir espaços para estudar e abordar a temática.
Pensando nisso, o professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), Marcus Lima, criou o Laboratório de Linguagens e Diversidade Sexual (Lalidis). “O objetivo é dar visibilidade e voz às pessoas LGBTQI+ por meio do incentivo à escrita de si (que venho chamando de ‘narratividas’). Ou seja, o Lalidis entende as narrativas de vida como uma forma de ‘empoderamento’ dessa população sempre relegada ao segundo plano, sem espaço nas mídias tradicionais”, explica o professor.
Segundo ele, esse incentivo se dá por meio de palestras, oficinas e cursos e a proposta é de disponibilizar, posteriormente, as histórias contadas pelos participantes no Portal Lalidis. Nessa dinâmica, o Laboratório já realizou, neste ano, o minicurso “Poder e Distopia”, e está promovendo, até o mês de dezembro, a Mostra Cartografias ficcionais LGBT, em parceria com o Janela Indiscreta Cine-Vídeo, e os encontros do Sextou na Balbúrdia.
Paralelo às atividades que tem mobilizado o público LGBTQI+ e buscado despertar o interesse de compartilhar vivências, o Portal Lalidis foi construído por alunos bolsistas e voluntários de extensão, dos cursos de Ciência da Computação, Jornalismo e Direito. A iniciativa, que derivou da área de estudo do professor Marcus Lima, mantém ainda seu vínculo com a pesquisa. Atualmente, também participam do Lalidis alunos voluntários de Iniciação Científica do curso de Jornalismo e de Letras, além de orientandos do professor no Mestrado em Letras e uma pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Cultura, Educação e Linguagem.