Com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento das pesquisas desenvolvidas no Mestrado, está sendo realizado o 3º Seminário do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo), no campus de Vitória da Conquista. O evento é parte da disciplina “Seminários de Pesquisa”.
A professora Fernanda Alcântara, vinculada ao Departamento de Geografia (DG), que está à frente da disciplina, explica que as pesquisas compõem um tema central, que é a Produção do Espaço Geográfico, a partir daí, se dividem. “As pesquisas vão em duas linhas: a Dinâmica da Natureza e Território e Produção dos Espaços Urbanos e Rurais. Essas pesquisas tratam muito de Vitória da Conquista e dos municípios vizinhos. E fazem parte da área de concentração do Mestrado em Geografia”, afirma a docente.
As apresentações foram dividas em quatro eixos: Representações e Paisagens; Acessibilidade à Água e Políticas Públicas de Acesso à Água na Região; Mobilidade do Trabalho e Novas Configurações do Espaço Urbano. O professor Altemar Amaral, vice-coordenador do PPGeo, que fará parte da Mesa sobre Mobilidade do Trabalho, fala sobre alguns dos aspectos que compõem o tema e sua relação com campo e cidade.
“A relação de campo é dada de várias maneiras, seja no aspecto político, de conflitos de terras, seja no quesito da produção agrícola que as comunidades rurais produzem, e que, por consequência, vem para a cidade para vender. Essa é a relação de consumo do espaço urbano e do campo como espaço produtivo. Em outro aspecto, temos a relação do trabalho, muitas vezes os locais onde essa comunidade está assentada não têm a possibilidade de efetivar suas práticas trabalhistas, por isso, ainda há uma grande saída de pessoas para os grandes centros, esse aspecto é que chamamos de mobilidade do trabalho”, esclarece Amaral.
Pesquisas em andamento – A Pós-Graduação tem como foco a construção do conhecimento, da ciência e desenvolvimento da pesquisa. Atuando nesse viés, a mestranda em Geografia, Crislane Oliveira, vem desenvolvendo uma pesquisa sobre a metodologia de alternância da Escola Família Agrícola (Efa), de Anagé e Caculé.
“A Efa tem uma educação voltada para o aluno do campo, e visa garantir a permanência do jovem no campo, para que ele não precise sair de sua realidade. Essa metodologia consiste em 15 dias na escola vivenciando a teoria e as técnicas, e 15 dias em casa, para aplicar as técnicas aprendidas na escola. Os alunos de Anagé fazem o fundamental na Efa de Anagé e o ensino médio, em Caculé. A gente quer analisar se essas escolas influenciam realmente na agricultura familiar e na produção do espaço rural do município”, explica a discente.