A Extensão é uma dos pilares da Uesb. Por meio das ações extensionistas, professores, servidores e alunos da Universidade dedicam-se em contribuir com as comunidades que estão localizadas nos territórios regionais onde a Instituição está inserida, com conhecimentos, saberes e serviços. Nesse sentido, como forma de compartilhar os relatos de experiências vivenciados com projetos, programas, ações e atividades junto às comunidades ao longo dos anos de 2021 e 2022, a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex) realizou, nesse mês de junho, a 2ª edição da Mostra de Extensão, nos campi de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista.
Com o tema “Pluralidade, diversidade e igualdade: socializando conquistas e desafios”, a Mostra teve início no dia 1º de junho, em Jequié. Fernanda de Carvalho, estudante de Odontologia, participa de um projeto de extensão que busca identificar e denunciar casos de violência contra crianças. “A gente atua em parceria com o abrigo aqui de Jequié. Então, a gente fornece cuidado para essas crianças, além de ações em datas comemorativas como Páscoa e Natal. A gente está sempre presente arrecadando doações”, explicou Carvalho. Além disso, por meio de parceria com o Conselho Tutelar do município, o projeto realiza palestras dentro da temática, em um trabalho de informação e conscientização.
Para a estudante, participar de projetos como esse é transformador, pois amplia a atuação da Universidade na cidade. “É muito enriquecedor, principalmente agora, nesse ano, em que a gente conseguiu colocar uma ficha de identificação de violência, que não é muito comum entre as universidades. Buscamos muito na literatura e estamos inovando, de certa forma”, pontuou Carvalho.
A Mostra teve continuidade em Itapetinga, nos dias 6 e 7 de junho. Durante o evento, Fernanda Heloisa Alves, aluna de Pedagogia, apresentou as atividades desenvolvidas pelo Programa de Extensão FormaCampo, que oferece formação continuada para professores que atuam no campo, bem como professores da cidade que atuam na educação do campo.
De acordo com a extensionista, o Programa contribui para estimular e dar ênfase aos movimentos sociais e, assim, fazer valer os direitos da educação. “Alguns direitos já são garantidos por lei, porém, não são cumpridos na prática. Então, a importância é essa, desconstruir alguns paradigmas do campo que, de forma cultural, foram estabelecidos e valorizar a identidade do campo, daquelas crianças que precisam sair do campo para virem para cidade”, enfatizou Alves.
Enquanto extensionista, Alves destacou como as ações de extensão expandem o conhecimento para além da sala de aula. “Por exemplo, a disciplina de ‘Educação do Campo’, a gente tem quase no final do curso. Por ser uma disciplina, não tem como aprofundar sobre o que são os movimentos sociais do campo, o que fazem, então, o FormaCampo me deu essa oportunidade” sublinhou.
As atividades da 2ª Mostra de Extensão chegam ao fim nesta quinta-feira, 15, em Vitória da Conquista. Para a professora Gleide Pinheiro, pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, a extensão é, justamente, um caminho que possibilita apresentar a Universidade para a comunidade. “Hoje a gente atende um grupo eminentemente externo. Chegamos a bairros e cidades que antes não chegávamos e isso, para a gente, é muito gratificante. A gente tem alguns projetos que vão até as escolas, praças públicas, que trazem o estudante para a Universidade, para conhecer”, enfatizou a gestora.
Ainda de acordo com a pró-reitora, essas ações são importantes para mostrar aos estudantes das escolas públicas que a Uesb é lugar deles também, “que eles podem acessar a Universidade por meio de vários processos seletivos que a gente tem, que vai ter um apoio para poder permanecer e se formar naquele curso que escolheu em uma Universidade pública, com ensino gratuito e de qualidade e que a Uesb vai fazer a diferença na vida dela”, concluiu Magali.