Falas marcantes sobre a violência sexual contra a criança e o adolescente marcaram a abertura do 2º Curso “Aspectos Jurídicos e Psicossociais do Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”. Durante a manhã desta terça, 30, alunos dos cursos de Psicologia, Direito e Assistência Social puderam absorver informações acerca da temática.
De acordo com a psicóloga do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NDCA), Kátia Amaral, a ideia é fornecer uma base para que esses alunos, ao adentrarem nas disciplinas de estágio, estejam mais preparados e conscientes do seu papel. Para ela, é preciso que o aluno entenda como funciona o processo de acompanhamento das vítimas. “A violência sexual é uma das mais danosas e perversas para o desenvolvimento psíquico de uma criança e um adolescente, principalmente, por estarem em processo de formação. Então, o que a gente precisa trabalhar com a vítima numa situação como essa é a resignificação dessa violência”, disse.
Durante a abertura, o coordenador do Núcleo, professor Carlos Públio, enfatizou a importância de ações permanentes e preventivas de combate a esse tipo de violência. “Esse enfrentamento não deve ocorrer, especificamente, quando a violência já aconteceu, mas sim prevenir para que não ocorra. Devemos trabalhar também com a prevenção e que ela não seja, dentro das políticas públicas, uma ação somente no dia 18 de maio, ela tem de estar o tempo inteiro sendo construída e repensada”, comentou.
Essa prevenção foi enfatizada pela conselheira do Conselho Tutelar do Oeste, Izabela Almeida. Segundo ela, as estatísticas aumentaram não porque esse tipo de violência aumentou, mas pelo número de denúncias que agora são realizadas graças ao acesso à informação. “O combate deve ser realizado por meio de palestras nas escolas, com a informação, com o intuito de conscientizar as famílias sobre esse tema”, defendeu.