O 2° Simpósio de Direito e Sociedade do Sudoeste da Bahia teve início na noite dessa quarta, 23, no campus de Vitória da Conquista. Nesta edição, o evento, que é uma parceria entre o Núcleo de Estudos de Direito Contemporâneo da Uesb (Nedic) e a Faculdade Santo Agostinho (Fasa), aborda gênero e identidade de gênero.
O coordenador do curso de Direito da Uesb e também da Fasa, professor Luciano Tourinho, explicou que o Nedic tem complementado os projetos pedagógicos de ambos os cursos e possibilitado o diálogo entre os estudantes das instituições, por meio das atividades desenvolvidas durante todo o semestre que culminam com a realização do Simpósio. Foi assim que o tema se destacou nas discussões e se tornou foco do evento. “Esse ano, é um ano de inovações, de lutas, de conquistas e também de resistência. Então, as temáticas que serão abordadas irão passar por várias áreas do conhecimento, como Sociologia, Filosofia, Antropologia, Direito e Psicologia, trazendo à tona um debate que é necessário atualmente”, pontuou Tourinho.
De acordo com a discente do curso de Direito da Uesb que participa do Nedic, Ana Carolina Ladeia, as reuniões do Núcleo – realizadas quinzenalmente e intercaladas entre a Uesb e a Fasa – possibilitam discutir assuntos jurídicos de relevância com uma visão prática das suas aplicações no dia a dia. “É mais uma forma de levar o Direito para a sociedade, tirar a ideia só de doutrina e jurisprudência e aplicá-lo no real, no caso concreto. Esse tema precisa ser discutido, porque em pleno século 21, ainda há muito preconceito. O Simpósio é uma forma de trazer a discussão não só para os estudantes de Direito, mas para Conquista inteira, e conscientizar”, defendeu a graduanda.
Diretor da Fasa de Vitória da Conquista, o professor Manoel Augusto Sales foi o superintendente responsável pela implantação da Uesb no período de 1981/1982 e um dos precursores do curso de Direito na Universidade. Segundo ele, o tema do evento traz uma oportunidade de enfrentar dogmas com coragem e competência. “Na navegação em busca do conhecimento, é necessário enfrentar os próprios preconceitos, que, como icebergs, têm apenas uma pequena porcentagem visível”, sintetizou. O professor salientou ainda que a parceria entre as duas instituições de ensino tem uma importância singular. “Para mim, onde houver Uesb, há prestígio e valor à academia, pois a Universidade tem uma experiência muito grande e uma folha de serviços na implantação de uma cultura acadêmica na cidade”.