Primeira sessão do “Cinema: eis a questão” do Vestibular 2020
Ampliar o olhar sobre o mundo por meio do cinema. Essa é a proposta do projeto “Cinema: eis a questão”, criado há 16 anos para o tradicional processo seletivo da Uesb: o Vestibular. Por meio do Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo, a Universidade seleciona três filmes e propõe o debate sobre os mesmos junto aos vestibulandos. Para debater as obras escolhidas este ano, as sessões comentadas tiveram início nessa terça, 15, no Centro de Cultura Camillo de Jesus, em Vitória da Conquista.
Com quase todas as cadeiras preenchidas, os olhares estavam atentos para os movimentos de Charles Chaplin, protagonista e diretor do filme “O Grande Ditador”, uma das obras selecionadas nesta edição. Entre os estudantes presentes, as amigas Isabelly Guimarães e Ana Carolina Lourenço vieram com a vontade de aprimorar os conhecimentos. “Não são os assuntos cobrados em sala de aula, mas coisas que acontecem no mundo, que são transformadas em obras e que a gente precisa saber também”, observou Guimarães. Para Lourenço, incluir essas produções nas provas é positivo: “muitos filmes estão associados a nossa cultura. Essa é uma forma excelente de avaliar”.
Ana Carolina Lourenço e Isabelly Guimarães
Coordenadora atual do projeto, Raquel Costa contou que a iniciativa vai além de selecionar filmes e cobrá-los nas provas, é uma forma de promover reflexões e abrir debates junto a estudantes que, muitas vezes, estão tendo o primeiro contato com a Universidade. “O objetivo do projeto é justamente propiciar esse momento de reflexão, de discussão, de abertura do olhar para uma obra cinematográfica, que é uma obra de arte, que é uma fonte de conhecimento, que é um bem cultural”, explicou.
De olho na dica – Em cada sessão, três profissionais são convidados para comentar as obras e dialogar com os estudantes presentes. Entusiasta do projeto, a professora Adriana Amorim faz parte do elenco convidado para esta edição. “Leitura é mais do que apenas deitar os olhos sobre uma página com letras. Acho que o projeto se aproxima bastante dos concorrentes porque é uma linguagem audiovisual, mais acessível que a literária, que dialoga mais com essa geração”, opinou.
Segundo ela, a grande dica é conseguir olhar além das questões. “O conteúdo é importante, mas ele é só um dos elementos. Então, atente a onde o filme bate em você, a onde é que o filme te revela o porquê você está escolhendo esse curso, o porquê essa universidade, essa cidade, o que você pensa da sua vida no futuro”, destacou Amorim.
Após as exibições, os filmes são comentados em uma leitura coletiva
O projeto exibe ainda “Ex-Pajé” e “Abrigo Nuclear” nesta quarta, 16, e quinta, 17, respectivamente, em Vitória da Conquista. As sessões comentadas chegam às cidades de Itapetinga, de 12 a 14 de novembro, e em Jequié, de 26 a 28 de novembro. Todos os encontros têm entrada gratuita.