Com a implantação do Ensino Remoto Emergencial, a Uesb se deparou com vários desafios. Além de buscar soluções para dar continuidade às atividades de ensino, era necessário, a partir dessa nova realidade, atender, de modo muito específico, as demandas dos estudantes com deficiência, para que todos pudessem ter acesso à educação on-line de forma inclusiva e democrática.
Para superar essa barreira, uma série de ações foram realizadas tanto de cunho administrativo quanto acadêmico. Foram promovidas: capacitação da equipe do Núcleo de Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência (Naipd) sobre o uso das plataformas digitais; concessão de notebooks aos discentes; seleção de monitores de atendimento educacional especializado; roda de conversa com os professores para apresentar o trabalho do Naipd e as recomendações para o Ensino Remoto; elaboração e execução do plano de inclusão digital; concessão de bolsas-auxílio, entre outras.
Segundo a Assessoria de Acesso, Permanência e Ações Afirmativas (Aapa), entre as dificuldades encontradas nesse processo, estava a realização de adaptações de materiais em alto relevo e a logística de entrega desse material aos estudantes. No geral, a Assessoria faz uma boa avaliação do desempenho e efetividade dessas ações, algumas delas desenvolvidas em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).
“A Aapa buscou construir um trabalho coletivo, ouvindo os discentes e os profissionais alocados nos três campi. Essa postura nos garantiu uma maior efetividade das ações, pois houve um envolvimento das partes. Acreditamos que conseguimos alcançar os objetivos propostos e garantir, aos discentes com deficiência, a conclusão do semestre letivo”, relata Marlene Moreira, subgerente de Acessibilidade e Inclusão. Ainda segundo ela, os estudantes também avaliaram as propostas, além de participar das reuniões agendadas pelo setor: “nesses momentos, os discentes apresentaram suas demandas e deram feedback positivo a respeito das ações direcionadas aos discentes com deficiência”.
“Por ser uma coisa nova, a Uesb está de parabéns. Foi uma avanço imenso. Uma instituição, que é pública, e deu um show nas aulas remotas, com o professores, com o atendimento do Naipd e sem pressão. Foi muito positivo”, destaca Cristiane de Oliveira Gusmão, estudante concluinte do curso de Letras, campus de Jequié. Cristiane, que tem deficiência visual, além de questões técnicas, também teve que superar dificuldades pessoais e familiar. “A todo momento, quando eu solicitava um atendimento extra, foi oferecido. Então, só tenho que agradecer”, lembra.
Para o próximo semestre, como forma de ampliar as ações, a Aapa está estudando a possibilidade de um edital de tutoria de disciplinas para dar suporte aos alunos com deficiência nas matérias em que exista maior índice de reprovação entre discentes nessa condição. Enquanto isso, as equipes seguem em preparação para receber os novos estudantes, que ingressarão a partir do dia 18 de fevereiro.
Acesse todas as informações no site do Ensino Remoto Emergencial.