Com o tema “Gênero e Juventude em Diálogo”, o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Políticas, Álcool e Drogas (Gepad) realizou nesta sexta, 27, uma mesa-redonda como parte das atividades que comemoram os dez anos de atividade do Grupo. Até o mês de novembro serão realizadas discussões com diferentes temáticas.
De acordo com a coordenadora do evento, a professora Lucimara Bertoni, essa atividade visa contribuir com a formação dos futuros profissionais, que estão na universidade ou os que estão atuando. Para ela, é importante discutir questões que perpassam a convivência social e o trabalho com a juventude, ou seja, é preciso entender o jovem de hoje, que é diferente no sentido de viver num outro contexto social.
A professora ainda complementa enfatizando a necessidade da discussão sobre gênero, também, com os educadores, visto que há uma força social neutralizadora para essa questão. “Nas discussões atuais dentro da escola estão retirando o debate sobre as questões de gênero, o que está sendo posto hoje é uma neutralização desse debate e uma imposição influenciada por questões patriarcais”, pontua.
O diálogo entre gênero e juventude que foi debatido no evento gira em torno de mostrar a necessidade de estudar essas temáticas nas escolas. Para a professora do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), Zizelda Fernandes, esse conhecimento deve ser contemplado no curso de formação de professores. “Trabalhar com o jovem significa entender que o sujeito está passando por um etapa em busca da sua identidade, pois ele está vivendo um período em que ele é muito cobrado”, diz a docente.
E é dessa forma que a professora Silvia Jardim, também do DFCH, pontua ao discutir as questões de gênero. “Pensar em gênero possibilita novos caminhos e espaços, propicia que novas práticas pedagógicas e discursivas sejam analisadas”, argumenta.