Pensando em aumentar as possibilidades de negócio para a comunidade acadêmica no mercado de trabalho, o Colegiado de Engenharia de Alimentos, representado pelo docente Nívio Batista, vinculado ao Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA), ofertou mais uma palestra sobre empreendedorismo universitário, no campus de Itapetinga. Dessa vez, as temáticas circularam entre trâmites burocráticos para iniciar uma empresa no Brasil e dicas sobre plano de negócio. O evento, ocorrido também em agosto, aconteceu em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Gilza Marques, uma das palestrantes e consultora independente, afirmou que as transformações do mundo se dão cada vez mais rápido e, por isso, existe uma possibilidade real de empreender, de começar a pensar em gerar emprego: “esse momento é para instruir o público de como construir uma empresa, como se planejar e quais são as implicações dessa decisão”, disse. Ela explicou que o primeiro passo é definir o tipo de empresa. “No Brasil, existem três modalidades de empresa: o empresário individual, a sociedade empresária limitada e a empresa de sociedade anônima”, explicitou a palestrante.
Marques ainda lembrou que o capital social de uma empresa é a sua primeira fonte de recurso, por isso, o capital de giro deve ficar na empresa. “Inicialmente, o dinheiro que circula em sua empresa não é seu. O que se deve fazer é estipular um salário para você e o restante é destinado à empresa, aos fornecedores, para pagamentos”, afirmou. Segundo a consultora, o setor que mais cresce é o de serviços, mas é preciso ficar atento a algumas burocracias existentes no Brasil, como o tempo médio para abrir uma empresa: 154 dias. Enquanto no Canadá gasta-se, em média, 4 dias.
Conforme Lívio Muniz, também palestrante e gerente adjunto do Sebrae, é preciso ter um parâmetro de empreendedorismo, ou seja, conhecimentos básicos sobre características empreendedoras que viabilizem a montagem e a constituição de um negócio efetivamente. “O papel do Sebrae é passar informação para quem quer ser empreendedor, disseminar tecnologia e viabilizar a gestão desses novos negócios. Em função dessas atividades, realizamos constantemente seminários e palestras no sentido de fortalecer a atividade empresarial”, concluiu.