As árvores são essenciais para o pleno funcionamento do planeta Terra. No ambiente urbano, sua presença se torna ainda mais importante, visto que contribui, significativamente, para o conforto térmico e o fornecimento de oxigênio. Além disso, elas desempenham um papel essencial na diminuição dos impactos negativos da poluição ambiental.
Com o crescimento urbano acelerado, há uma tendência preocupante do desaparecimento da paisagem natural. Esse fenômeno compromete a estética das cidades, além de afetar, diretamente, a qualidade de vida dos habitantes desses espaços. A destruição ambiental leva a uma série de problemas, desde a piora na qualidade do ar até impactos mais profundos, como a disponibilidade de água e outros recursos essenciais.
Foi pensando nessas implicações que a egressa do curso de Engenharia Florestal, Rafaela Alves, desenvolveu a pesquisa “Análise quali-quantitativa da arborização urbana da região central e comercial do bairro centro de Vitória da Conquista, Bahia”, como seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Sempre fui muito observadora sobre a arborização da minha cidade e, depois de estudar sobre o assunto e perceber como são fundamentais as árvores no meio urbano, me veio a curiosidade de pesquisar sobre Vitória da Conquista”, explica Rafaela.
A pesquisa foi focada no centro comercial de Vitória da Conquista. A intenção do trabalho é fornecer informações relevantes para futuros projetos que visem valorizar a arborização urbana da cidade. Ao longo do estudo, foram analisados elementos como altura das árvores, condições sanitárias, relação com a rede elétrica e composição florística.
Foram revelados problemas como alta densidade relativa de uma espécie inadequada, além de conflitos com a rede elétrica e danos físicos em algumas árvores. Também foi possível identificar a falta de vegetação nas áreas comerciais da cidade. “Tem um déficit muito grande de árvores. A Avenida Siqueira Campos e as ruas próximas ao terminal de ônibus, por exemplo, quase não possuem, e as árvores existentes são bem antigas. Além disso, a maioria das espécies não são nativas do Brasil, o que não é recomendado”, aponta Rafaela.
Assim, a pesquisa conclui que a área necessita de um plano de arborização para manejo adequado e recomenda a atenção dos órgãos públicos para a possível implantação de elementos arbóreos em vias importantes, visando melhorar o microclima e o bem-estar dos cidadãos. Um caminho para isso, segundo a pesquisadora, seria a introdução de espécies nativas no ambiente: “é interessante para preservar a identidade cultural, além de melhorar esteticamente a cidade”, ressalta.
Confira essa e outras pesquisas no site do “Ciência na Uesb”