Com o objetivo de investigar os efeitos do uso medicinal da Amburana cearensis, a professora Bárbara Dantas Fontes, do Departamento de Ciências Naturais (DCN), campus de Vitória da Conquista, e o aluno de Agronomia, Matheus Dias, realizaram pesquisas com a amburana, usando alface como planta-teste. Os resultados demonstraram uma ação toxicológica da amburana e emite um alerta devido ao risco potencial à saúde humana, o que requer estudos adicionais.
Popularmente conhecida apenas como amburana, essa planta é uma espécie medicinal usada de forma caseira no tratamento de doenças respiratórias e intestinais. É facilmente encontrada em feiras livres e casas de produtos naturais. Segundo Fontes, os resultados da pesquisa trazem um alerta à população, sobre o uso indiscriminado da planta.
“Apesar de a amburana possuir propriedades terapêuticas, os resultados obtidos na planta, indicadora de toxicidade, devem ser considerados como um alerta e, também, um indicativo de que a planta possui potencial risco para a saúde humana – o que justifica muito cuidado com suas dosagens, períodos de utilização e possíveis efeitos cumulativos; o que requer cautela quanto a sua utilização de forma indiscriminada”, explica a professora.
Socialização da pesquisa – Nesse mês de novembro, as pesquisas resultaram em dois artigos científicos: “Citotoxicidade e morte celular induzidas por extrato de Amburana cearensis” e “Atividade genotóxica e mutagênica de extrato aquoso de Amburana cearensis”. Os trabalhos foram apresentados pela professora e pelo discente, que representaram a Uesb, no 22° Encontro de Genética do Nordeste (Engene 2018), realizado na cidade de Natal (RN).
Outro artigo científico, também resultado dos estudos, e produzido em conjunto pelos pesquisadores, será apresentado no Congresso Internacional das Ciências Agrárias (Cointer), que acontecerá entre os dias 8 e 13 de dezembro, em João Pessoa (PR). O título do artigo é “Atividade Antimitótica e Apoptotica Provocadas por Extrato de Umburana em Sistema Teste Vegetal”.