Refletir com a comunidade acadêmica a importância da saúde mental para melhor desempenho nas atividades universitárias. Esse foi o objetivo do 2º Seminário sobre Saúde Mental, promovido pelo Programa de Assistência Estudantil (Prae), na última quarta, 9, no campus de Itapetinga.
Para a graduanda em Pedagogia, Joanne Dias, as palestras auxiliam a desmitificar a imagem de pessoas portadoras de desordens mentais. A estudante relata que, após ingressar na Universidade, contou com a ajuda do Prae para orientá-la, especialmente nas questões psicológicas. “Desde o início, recorri à Instituição. Encontrei suporte para assuntos internos que me afligiam”, afirma.
Para a palestrante e neuropsicóloga Laeddy Ferraz, as saúdes física e mental devem estar em acordo. “No consultório, observamos pacientes com quadros psicossomáticos, ou seja, o corpo físico adoeceu, mas a verdadeira origem é emocional”, explica. Segundo a neuropsicóloga, a dica para identificar as fragilidades e possíveis fobias é começar o autodialógo: “quando o sujeito está centrado em si mesmo, ele começa a perceber os sinais do corpo. Se notar desequilíbrio, é fundamental procurar ajuda profissional”.
A psicóloga do Prae e organizadora do seminário, Emília Botelho, conta que garantir espaços de convivência com a comunidade acadêmica é também tornar claro que os problemas mentais podem ser tratados. “No Prae, realizamos a psicologia institucional, que significa acolher o aluno. Se houver necessidade, encaminhamos para acompanhamento clínico especializado”, diz Botelho.
A assistente social do Prae, Haiala Tamburi, explica que o ambiente universitário demanda amparo dos profissionais. “Sintomas como ansiedade podem estar ligados a situações próprias dos estudantes – pressão com provas, adaptação, rotina de estudos”, diz. O 2º Seminário sobre Saúde Mental também contou com as palestras do psicanalista e professor Cássio Montalvão e do perito em Psicologia do Trabalho, Wildeberg Silva Rodrigues.