Contribuir para a formação de novos conhecimentos, bem como fortalecer e ampliar as ações de ensino, pesquisa e extensão são propósitos do Observatório de Políticas Públicas e Gestão Educacional (Observa) da Uesb. Programa de extensão vinculado ao Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (Dchel), campus de Itapetinga, o Observa agrega, em sua composição, várias ações relacionadas à temática das políticas públicas educacionais brasileiras, especialmente, na Bahia.
De acordo com o professor Daelcio Mendoça, coordenador do Observatório, o programa nasce com a intenção de agregar as ações que já eram desenvolvidas na Universidade desde 2018, a exemplo do Seminário de Pesquisas em Políticas Públicas e Gestão Educacional (Semipoligés) e o Seminário de Políticas Públicas e Gestão Educacional (Sempege). Essas ações já vinham sendo realizadas semestralmente e bianualmente, respectivamente, com a proposta de compartilhar pesquisas e produções na área de políticas públicas de gestão educacional.
Outra ação desenvolvida pelo programa é o Cineclube Poligés, que, mensalmente, realiza a exibição de filmes e documentários que abordam temáticas educacionais. As sessões são realizadas tanto no campus da Uesb como nas escolas municipais parceiras. “O Cineclube é uma ação cultural e educativa. A gente começou a desenvolver essas atividades na pandemia”, conta Daelcio. A atividade tinha como finalidade utilizar a internet para integrar os alunos no período de distanciamento social, medida preventiva adotada durante a pandemia da Covid-19. “Foi muito importante, porque o Observatório se fortaleceu com as lives. Na época, os alunos estavam dispersos”, completa.
Após a suspensão das restrições de distanciamento social, as lives foram substituídas por episódios do podcast, intitulado “Observação, o podcast no ângulo do pensamento crítico”. A produção realiza episódios mensais sobre questões vinculadas às políticas públicas. “Normalmente, eu chamo meu grupo para dialogar sobre o que está acontecendo hoje na Universidade e no mundo e quais assuntos poderemos trazer para os nossos estudantes da Pedagogia, para as outras licenciaturas e bacharelados, para os nossos alunos do Ensino Médio, porque, também, é uma função do Observatório chamar os alunos do Ensino Médio para a Universidade”, acrescenta Daelcio.
Ainda fazem parte das ações do Observa, a Revista de Políticas Públicas e Gestão Educacional (Poligés), o curso de pós-graduação em Políticas Públicas e Gestão Educacional, o Grupo de Estudos Políticas Públicas e Gestão Educacional em foco (Gepef). O Programa também gerencia e elabora material didático-científico específico para suas redes sociais, utilizando as plataformas YouTube, Instagram, Facebook, Spotify e TikTok.
Feira da Psicogênese – Em parceria com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid/Uesb), do curso de Pedagogia, Observa promoveu a Feira da Psicogênese. A ação propôs contribuir com repertórios, formação, reflexão, assim como atividades práticas para a alfabetização de crianças em cada uma das fases que compõe o processo da psicogênese. Ao todo, são quatro fases da alfabetização: Pré-silábico, Silábico, Silábico-alfabético e Alfabético.
Daelcio, que também é coordenador do Pibid, salienta que o Brasil passa por um grande problema na questão da alfabetização na idade certa, problema que foi intensificado no período da pandemia da Covid-19. Em sua quarta edição, a Feira é uma forma de auxiliar as escolas públicas, alunos, professores e estudantes da graduação no processo de alfabetização dos alunos dos anos iniciais da Educação Básica.
Para Edna Novaes, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Dona Maria Sales, a Feira cumpre uma importante função, a de evidenciar cada fase da alfabetização e as alternativas de como auxiliar o aluno a avançar em suas dificuldades. “A gente sabe que a questão do letramento e da alfabetização é individualizada, nem todos os alunos conseguem desenvolver ao mesmo tempo. Então, a importância da Feira é deixar nítida a questão dos níveis. Têm alunos que podem estar na mesma turma, porém podem estar em um nível diferente do outro”, opina Edna.