Conhecer e eternizar a história e vivências educacionais de quem contribui para a formação cidadã, ética e profissional de todos aqueles que passam pela sala de aula é um dos objetivos do projeto de extensão “Memórias de Educadoras/es”. Coordenado pela professora Lúcia Gracia, vinculada ao Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (Dchel), a ação acontece em Itapetinga e registra, por meio de entrevistas gravadas em vídeo, as memórias de educadores.
“A gente precisa dar essa visibilidade institucional para esses sujeitos. A gente optou por chamar de educadoras e não de professor porque educador é mais amplo. O trabalho que elas fazem e o efeito do trabalho delas ultrapassa a sala de aula. Então, são memórias, realmente, de educadores e educadoras”, salienta.
A proposta é que, ao final dos ciclos de narrativas, as histórias compartilhadas sejam transformadas em documentário. O material ficará à disposição de pesquisadores ou, até mesmo, seja desmembrado em outros projetos que tenha a memória de educadores como foco.
Além disso, a ação busca homenagear esses profissionais. “É uma homenagem singela, que é esse momento que as pessoas podem compartilhar com a família a placa de reconhecimento. Mas é mais um reconhecimento interno, porque, realmente, a profissão precisa ser visibilizada como uma profissão que tem lugar na formação, não só na consciência das pessoas, mas na formação de produtos que são materiais como escolas, material didático”, pontua Lúcia.
A primeira entrevistada do ciclo de narrativas foi a professora Leandra Couto, que ministra a disciplina de História no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Itapetinga. Para Leandra, o projeto é muito interessante e necessário, visto que reconhece o trabalho do educador, profissional com um papel importante de influenciar positivamente a vida do estudante.
“Você trazer a memória é você dizer, também, que esse profissional não é só uma pessoa que chega ali na sala de aula, mas que ele tem toda uma trajetória de vida e que isso é que o constrói, essas dificuldades e desafios da profissão. Mas também o desafio da própria vida de tentar, no meio do caos, procurar as delícias de ser quem é e de, na profissão, transformar as coisas duras em doçuras, mas com compromisso e competência”, ressalta Leandra.
As entrevistas são abertas a qualquer pessoa que tenha interesse na temática. Além disso, a comunidade pode contribuir com o projeto por meio da indicação de nomes de educadoras e educadores que tenham memórias para contar. Basta entrar em contato com a coordenação e fazer a indicação pelo e-mail observatoriodd@uesb.edu.br.