Com o intuito de estudar tecnologias de produção sustentável no Médio Sudoeste da Bahia, o Núcleo de Pesquisa Sete Cascas (Nupesec) está desenvolvendo o projeto de extensão “Semeando Agroflorestas” (SeAflor). No último mês de maio, a greve dos caminhoneiros no país evidenciou um problema nacional, que afeta, inclusive, o interior da Bahia, como Itapetinga: a segurança alimentar. Aproveitando o Dia do Meio Ambiente, comemorado neste 5 de junho, conheça um pouco sobre a iniciativa.
Letícia Fernandes, professora do Departamento de Ciência Naturais e participante do projeto, explica que a agrofloresta é uma alternativa para a sustentabilidade das comunidades humanas que dependem da agricultura. “O atual modelo de produção de alimentos é muito agressivo e trabalha de modo a extrair e degradar os solos e ambientes naturais”, diz.
Atualmente, o SeAflor já implantou um Sistema Agroflorestal (SAF) no campus de Itapetinga. “Já colhemos mandioca, feijão, abóbora, tomates, alface, rúcula, couve; temos plantado milho, pitanga, acerola, mamão, entre outros alimentos”, afirma Fernandes. Em julho, está prevista uma nova fase de expansão do projeto, na qual será iniciada a implantação do SAF no Colégio Modelo, em Itapetinga.
“Em termos de abastecimento, dependemos de hortifrutigranjeiros de outras cidades, paradoxalmente, temos terras suficientes para produzir alimentos para nossa população. Pequenos produtores têm lutado para executar sua atividade tão importante em nossa cidade”, relata Fernandes. Segundo ela, depender de abastecimento externo é um risco para a nossa segurança alimentar, pois a chegada dos insumos está sujeita a fatores externos, como transporte por meio de caminhões.
Nesse sentido, o SeAflor propõe um espaço de intercâmbio de conhecimento: apreender experiências locais e também compartilhar experiências com quem deseja aprender. Se você se interessou pela iniciativa, o grupo convida a conhecer o site e ficar por dentro das ações em desenvolvimento.