Desde que morava em São Paulo, seu Antônio da Silva gostava tanto de cantar que era até convidado a soltar a voz nas festas da escola em que trabalhava. Anos se passaram, mas o gosto pela música continuou vivo nele, que, aos 80 anos, mostra seu talento com o canto no projeto de extensão “Vida Ativa”. “Eu amo cantar, dançar, e nas festas do projeto eu me solto e me divirto”, afirmou seu Antônio na festa de confraternização do grupo que aconteceu nesta terça-feira, 10.
A comemoração celebrou os 14 anos de atividades do grupo e a data escolhida para a festa não foi à toa: 10 de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e, na oportunidade, o grupo aproveitou para discutir também os direitos dos idosos. Com a parceria da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex) e da Gerência de Extensão e Assuntos Culturais (Geac), o evento contou com apresentações de coral, baile, desfile e muita animação. Todas as atividades voltadas para o incentivo de práticas que contribuam para uma melhor qualidade de vida do idoso.
Segundo Gilberto Coelho, psicólogo voluntário do grupo e um dos coordenadores do Projeto, ao longo do ano várias atividades integram os encontros semanais do “Vida Ativa”, entre elas a teatroterapia, que, por meio do teatro, abre um espaço para que os idosos expressem o que sentem. “Busquei ver as afinidades que todos eles tinham com a poesia, com a música, com o teatro. Com as vivências de cada um deles, a gente desenvolve tarefas que eles têm que cumprir durante os nossos encontros e, a partir daí, vamos desenvolvendo habilidades sociais, como tolerância e respeito”, destacou Coelho.
Dona Maria e seu Antônio participam do projeto desde 2009
Outra atividade desenvolvida no grupo é a cantoterapia, na qual seu Antônio se encontrou. Para Neide de Freitas, colaboradora voluntária do projeto, “só de a pessoa estar em casa ensaiando para dançar ou cantar já é uma terapia, que a gente considera muito positiva para o grupo”. Maria dos Reis, 67 anos, esposa de seu Antônio, além de cantar, dança e não se vê mais sem o projeto, “eu sou outra depois de entrar no grupo. Sentia tantas dores e agora me sinto jovem”.
Para os interessados em conhecer mais de perto o “Vida Ativa”, o grupo se reúne semanalmente, sempre às quintas-feiras, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, das 7 às 11 horas.