Nesta quinta, 13, quem passou pelo foyer do Teatro Glauber Rocha pôde presenciar a terceira idade num momento de descontração. Isso porque o Projeto Vida Ativa encerrou as atividades realizadas durante o ano com apresentação musical, teatral e de dança, em comemoração do Dia Nacional do Forró e também ao aniversário do saudoso Luiz Gonzaga.
Com a proposta de resgatar esse patrimônio imaterial é que o encontro oportunizou um momento de socialização entre os idosos. De acordo com a coordenadora do Vida Ativa, Virgínia Coronago, com os trabalhos de cantoterapia, dança e teatro que são realizados ao longo do ano, os idosos podem contribuir trazendo seu conhecimento de mundo. “As pessoas acham que a arte deve ser aprendida numa idade certa. Então, eu questiono muito, nos meus trabalhos, que não existe idade própria para isso, basta ter boa vontade e disciplina. Esse trabalho tenta mostrar, de alguma forma, que é possível aprender em qualquer idade”, pontuou a coordenadora.
Dia Nacional do Forró – “Para mim, ele é uma inspiração”, são as palavras de Jovina Rosa de Carvalho, 61 anos, participante do projeto há dois anos, ao ser questionada sobre a importância de Luiz Gonzaga em sua vida. O músico nasceu no dia 13 dezembro, e por conta do seu aniversário a data foi escolhida como o Dia do Nacional do Forró, que é a temática do evento. Para ela, a dança e a música possuem um sentido especial, pois foram capazes de promover transformações em sua vida. “Eu já sei tocar ‘Asa Branca’ no teclado”, revelou Carvalho.
A psicóloga Anamélia Sobral, da Assessoria de Acesso e Permanência Estudantil e Ações Afirmativas (AAPA) da Uesb, destacou o saldo positivo que é para esse público participar de eventos como esse. Para ela, muitos desses idosos se aposentam ou vivem a vida dos filhos e perdem um pouco sua referência. “Então, com o projeto, eles se inserem nessa sociedade de uma forma ativa e prazerosa, e isso contribui para uma melhor qualidade de vida”, afirmou a psicóloga.
Valdívia Maria de Jesus, com 72 anos, que frequenta o projeto há seis anos, participa de todas as atividades e também canta em nome do grupo. Para ela, o Vida Ativa ajuda em muitos aspectos de sua vida. “As pessoas que aqui frequentam é uma nova família que a gente adota”, disse a senhora.