A importância da Fisioterapia para as pessoas é algo que, cada vez mais, é comprovado e atestado pelos profissionais da saúde. Porém, essa não é uma prática recente. Para se ter uma ideia, desde a Grécia Antiga, os médicos já se interessavam por terapias que envolvem o movimento para tratar as pessoas doentes. De lá para cá, as técnicas evoluíram muito e a Fisioterapia deixou de ser uma ramificação da Medicina para se tornar uma área própria.
O fisioterapeuta estuda o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades. É o profissional responsável pela preservação, desenvolvimento e restauração de órgãos, sistemas e funções. Para isso, avalia a natureza, causas e extensão dos distúrbios funcionais dos pacientes por meio de testes (mobilidade articular, força, resistência e tônus muscular, postura, marcha, capacidade pulmonar, percepção, sensação).
Ao contrário do que se pode pensar, a Fisioterapia tem um universo muito mais amplo do que a Ortopedia, podendo abordar temas e áreas de estudos das mais diferentes, como Saúde da Mulher, Estética e Fisioterapia do Trabalho. O fisioterapeuta pode trabalhar com pessoas de todas as idades, bem como gestantes, pacientes com problemas respiratórios, cardiovasculares, distúrbios neurológicos, incontinência urinária e fecal, oncologia e deficiências físicas.
O fisioterapeuta pode escolher se prefere ser autônomo e atuar em seu próprio consultório ou, ainda, trabalhar em instituições como clínicas, asilos, centro de reabilitação, hospitais, escolas, empresas, postos de saúde, entre outros. Ainda é possível atuar em clubes e academias, no segmento estético e no meio acadêmico.
O caminho escolhido por Dalaine Nogueira Silva, fisioterapeuta formada no curso da Uesb, foi a atuação na Atenção Básica da Saúde. “Poucos dias após a minha colação de grau, em 2022, fui aprovada em dois processos seletivos de residência. Tive a oportunidade de escolher qual caminho percorrer, e hoje encontro-me atuando na Atenção Básica, mais especificamente, no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc)”, comemora.
Ela destaca a importância de sua formação na Uesb para o alcance de seus objetivos profissionais. “O curso de Fisioterapia da Uesb foi um grande diferencial em minha vida pessoal e profissional. O fruto dessa conquista se deu por meio do constante incentivo do corpo docente juntamente com a bagagem de conhecimentos que construí ao longo da minha jornada como discente”, lembra.
Fisioterapia na Uesb – Criado em 1998, o bacharelado em Fisioterapia funciona no campus de Jequié, no período diurno, e já formou mais de 750 profissionais na área. Atualmente, são disponibilizadas, semestralmente, 27 vagas. Com duração mínima de dez semestres, o curso “tem como diferencial uma Clínica Escola própria para atuação ambulatorial, com atendimento aos usuários através do Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de Pediatria, Neurogeriatria, Cardiorrespiratória, Traumato-Ortopedia e Reumatologia”, destaca a professora Isnara Teixeira de Britto, coordenadora do curso.
Durante a formação, o acadêmico do curso tem acesso a estágios supervisionados obrigatórios e não-obrigatórios em espaços de saúde do município conveniados com a Uesb, como Hospital Geral Prado Valadares, Unidades Básicas de Saúde e Fundação José Silveira – Santa Casa de Misericórdia de Jequié Hospital São Judas Tadeu.
Ainda conforme Isnara, a abrangência de atuação do fisioterapeuta no mercado de trabalho avançou muito nos últimos anos e está longe de estagnar. “Temos como exemplo o Hospital Geral de nossa cidade que, no início do curso, tinha duas fisioterapeutas em seu quadro de funcionários e, hoje, chega a 80 profissionais fisioterapeutas atuando nas mais diversas áreas. Com o avançar da ciência, em estudos que comprovam os benefícios do movimento humano na prevenção, tratamento, reabilitação, e em um país que a expectativa de vida só aumenta juntamente com uma busca maior por qualidade de vida, acreditamos em um mercado de trabalho, cada vez mais, ávido por estes profissionais”, avalia.