Você sabia que para aquela carne de hambúrguer macia e suculenta ou a pipoca que come enquanto assiste a sua programação preferida chegar até você com qualidade, em algum momento passou pelas mãos de um engenheiro de alimentos? Esse é o profissional responsável por garantir, por meio dos processos industriais, segurança alimentar ao consumidor, estender a vida útil dos alimentos perecíveis, fornecer alimentos na entressafra de produção, atender às demandas do mercado consumidor, entre outras necessidades.
Nesse sentido, o engenheiro de alimentos tem um vasto campo de atuação, podendo atuar em diversas áreas da cadeia produtiva de alimentos como, por exemplo, conservação de alimentos, meio ambiente, segurança do trabalho e controle de qualidade. Além disso, existem vagas no serviço público e é possível trabalhar, ainda, de forma autônoma com consultoria ou na carreira acadêmica. Ademais, o Brasil possui um número considerável de indústrias de alimentos, por isso, é um dos setores que mais emprega profissionais da área. Para se ter uma dimensão, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o setor representa 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera 1,8 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.
É o caso Renata de Sousa, egressa do curso de Engenharia de Alimentos pela Uesb, campus de Itapetinga, em 2022, que conseguiu a inserção no mercado de trabalho ainda na graduação. De acordo com Renata, durante a realização do estágio supervisionado, em uma empresa parceira da Universidade, surgiu a oportunidade do primeiro emprego. Uma indústria de laticínios da região procurava por profissionais com experiência. Dessa forma, por ter buscado conhecimento e experiência prática por meio do estágio, o currículo da então estudante obteve destaque e, assim, foi selecionada para a vaga.
“No meu caso, o estágio supervisionado foi onde pude colocar em prática tudo que aprendi na graduação e ter a experiência na prática de como é ser uma engenheira de alimentos. Acredito que os estágios são de suma importância para definir qual área nós temos mais afinidade e isso a Uesb dispõe para nós. Hoje eu amo estar na indústria, e eu pude sentir a energia e responsabilidade de ser engenheira de alimentos já no estágio”, relatou a egressa.
Atualmente, Renata trabalha em um frigorífico de frango, localizado em Teixeira de Freitas, na Bahia, onde executa a função de supervisora da garantia de qualidade. Para ela, as ações formativas do quadro de professores da Universidade foram fundamentais para a sua capacitação profissional. “Certa vez um professor disse em sala de aula que ali já tínhamos que estabelecer uma postura profissional. Depois desse dia estabeleci essa postura em todas as atividades que realizei. Hoje sei que parte da profissional de qualidade que eu sou, tem grande influência dos excelentes profissionais que compõem o quadro de professores da Uesb, que vão muito além de somente lecionar uma disciplina, mas que tem o cuidado com o profissional que sairá da Universidade”, pontuou Renata.
Formação profissional – O curso de Engenharia de Alimentos da Uesb é oferecido no campus de Itapetinga desde 1998 e já formou 371 profissionais. Diurno, o curso tem duração de 10 semestres, com ingresso de novos estudantes uma vez ao ano e oferta de 43 vagas. Ao ingressar no curso, o estudante se depara com uma infraestrutura composta por diversos laboratórios onde são desempenhadas as atividades relativas à base curricular como, por exemplo, os laboratórios da área de química, física e informática.
Os estudantes de Engenharia de Alimentos, também, desempenham atividades práticas profissionalizantes nos Laboratórios de Panificação; de Análises de Alimentos; de Leites e Derivados; de Carnes e Processamentos; de Tecnologia de Frutas e Hortaliças; de Análise Sensorial; de Microbiologia de Alimentos; de Embalagens e Higiene de Alimentos; além de laboratórios voltados para as disciplinas da área de operações unitárias e fenômenos de transporte.
De acordo com a professora Vanessa Sampaio, coordenadora do colegiado de Engenharia de Alimentos, um dos principais motivos para investir nessa carreira é a vasta área de atuação. “Outro grande motivo é o crescimento da demanda de alimentos em todo o mundo e as exigências do mercado consumidor por profissionais com capacidade de inovação na área, o que eleva a importância desse profissional”.
Após a conclusão do curso de graduação, o estudante conta com a possibilidade de realizar a pós-graduação, na modalidade mestrado e doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos (PPGECAL), campus de Itapetinga. O Programa foi recomendado em 2006, e desde então tem sido referência na formação de profissionais qualificados na área de alimentos no interior do país. Atualmente, o PPGECAL possui Conceito 4 na Avaliação Quadrienal da Capes realizada em 2017.
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