Na manhã desta sexta, 8, o anfiteatro do Módulo de Aulas Professor Manoel Soares Sarmento Filho, campus de Jequié, acolheu o 3º Seminário de Educação Especial, que abordou o tema “Diversidade Cultural: Desafios e Possibilidades das Pessoas com Deficiência”. O evento foi promovido pela turma do 8º semestre da graduação em Pedagogia, que está cursando a disciplina Educação Especial, ministrada pela professora Sirlândia Souza Santana.
Na ocasião, foram apresentadas ações e debatidas ideias sobre a temática. Para a acadêmica do 4º semestre de Pedagogia, Ionara Arruda Santana, discutir o assunto proposto pelo Seminário é muito importante para a formação dos futuros docentes. “Eu acho que os professores devem sair preparados, apesar da gente nunca estar preparado para lidar com essas causas de diversidade cultural de educação especial porque são causas que muitas vezes são esquecidas pela comunidade geral”, declarou Santana.
A estudante do 8º Semestre da graduação e pessoa com deficiência, Maria da Glória Santos Vidal, ao concordar com a importância do evento para sua formação trouxe um olhar singular sobre o tema. “A parte que eu vejo que é mais importante é poder contribuir com a visão partindo da pessoa que tem uma deficiência, porque a gente lê muitos escritos sobre professores especialistas que trabalham com a deficiência e com a inclusão, mas não têm aquela visão de quem vivencia essa realidade no dia a dia. O fato de estar vivenciando na condição de pessoa com deficiência, eu acredito que contribui muito para que eu tenha uma prática diferenciada porque, além do conhecimento da teoria, eu tenho o conhecimento da vivência e das dificuldades”, destacou Vidal.
A diretora do Centro de Apoio Pedagógico em Jequié e pedagoga Sara Evangelista da Conceição Soares ressaltou a relevância da universidade na formação de profissionais com esta qualificação. “Para a formação de novos pedagogos, o Sistema Educacional Inclusivo propõe um trabalho que deve ser feito para atende todas as crianças. A universidade tem um papel importante de estar formando esses pedagogos para atuarem nessa educação inclusiva”, afirma Soares.
Segundo a professora Sirlândia Souza Santana, o seminário foi o resultado das aulas de campo que foram realizadas em Salvador, em espaços de Educação Inclusiva e de Educação Especial, com o princípio da inclusão. “É o resultado da micro pesquisa que os alunos fizeram na escola e socializaram aqui no Seminário”, explicou Santana. Ainda de acordo com a docente, a escola por desconhecer, por falta de formação continuada, acaba não sabendo lidar com as pessoas com deficiências. “É importante nossos alunos saberem dos desafios que a escola pública e a privada hoje têm em receber alunos com deficiência e que eles possam ter uma postura diferenciada em relação a rejeição à pessoa com deficiência, ou seja, a inclusão dessa pessoa plenamente, garantindo seu acesso e seu direito”, conclui Santana.