Um espaço para refletir sobre a imagem fotográfica no cinema e compartilhar os resultados de pesquisas desenvolvidas por alunos do curso de Cinema e Audiovisual no âmbito da iniciação científica. Foi com essa proposta que teve início na tarde desta quinta-feira, 3, no campus de Vitória da Conquista, o 2º Seminário de Pesquisa em Direção de Fotografia. O evento é fruto do projeto “Caminhos Fotográficos: genealogia e experimentação nos limites entre cinematografia e pintura”, coordenado pelo professor Rogério Luiz Oliveira.
A direção de fotografia é a área da produção cinematográfica responsável pelos diversos aspectos da imagem no cinema, como o registro de cores e o projeto de iluminação. De acordo com Oliveira, ao trazer esse tema à tona para a comunidade acadêmica, sobretudo para os graduandos de Cinema, o Seminário é também uma forma de instrumentalizá-los para tornar ainda mais sofisticado o modo como eles constroem imagens e discursos imagéticos no campo audiovisual. “Acho que o sentido principal do evento é muito esse: fazer uma associação entre arte e ciência, uma coisa que para quem estuda Cinema e Audiovisual é fundamental. E olhar rigorosamente para uma imagem à luz da História da Arte ou do mundo da técnica fotográfica, por exemplo, repercute na produção de imagens mais complexas e mais comprometidas”, disse.
Ainda de acordo com o professor, estamos vivendo um momento em que a imagem ocupa uma centralidade na sociedade e, por isso, ele afirma que é preciso criar um espaço em que se possa estudá-la. Com essa perspectiva, os alunos membros do projeto de pesquisa desenvolveram seus trabalhos, o que culminou no Seminário. “Foi no projeto que eu desconstruí alguns valores sobre a imagem. Ele foi responsável por me colocar nesse caminho de reflexão sobre o fazer imagético. Então, estar aqui apresentando o meu trabalho nesse seminário significa um desafio, que é colocar em prática aquilo que, diariamente, a gente vem estudando”, comentou o discente Micael Amaral, que pesquisou a estética documental no longa-metragem “Baile Perfumado”.
Para a estudante Thays Dias Rocha, autora do trabalho “A luz que escreve linhas e formas na pintura e na fotografia”, a experiência no projeto de pesquisa, juntamente com o Seminário, lhe proporcionou uma percepção mais clara do papel importante que a fotografia possui dentro de uma narrativa audiovisual. “É uma atividade gratificante, muito importante e de uma riqueza excepcional, que vem para valorizar essa arte de escrever com a luz que é a fotografia”.