Foram realizados nos dias 7 e 8 de agosto, no campus de Itapetinga, o 6º Seminário de Estágio em Gestão da Educação e o 7º Seminário de Estágio em População Diferenciada, promovidos pelo Colegiado de Pedagogia. As atividades foram organizadas pelos próprios discentes do curso e tiveram como objetivo apresentar os trabalhos acadêmicos produzidos ao longo da graduação em Pedagogia e socializá-los com a comunidade acadêmica. Entre as atividades, aconteceram palestras, comunicações orais e oficinas.
Elson Lemos, um dos organizadores do evento e docente vinculado ao Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (DCHEL), conta que o seminário foi concebido em 2002, por conta da necessidade em divulgar as produções feitas no Colegiado de Pedagogia. “Esse é um espaço não-formal para justamente captar como acontecem os processos pedagógicos e construir uma proposta de ação. A metodologia que tivemos aqui é uma pesquisa-ação, ou seja, a pesquisa foi construída, refletiu-se sobre ela e partiu novamente para a ação”, diz Elson Lemos.
O docente cita Paulo Freire, educador brasileiro, para lembrar os processos contínuos e recíprocos da aprendizagem: ação-reflexão e reflexão-ação. “Temos trabalhos com abordagens temáticas bem variadas: religiosidade, cultura afro, teatro, crianças em situação de vulnerabilidade, meio ambiente etc”, afirma o professor. Luciano Di Maria, discente de Pedagogia que também participou da organização do evento, explica que o seminário também tem o intuito de inserir os licenciandos em Pedagogia em espaços não-formais da educação. “Estamos vivenciando experiências diferenciadas das tradicionais do pedagogo, para que ele possa desenvolver novas metodologias, a partir desse espaço diferenciado de educação”, pontua o aluno.
O estudante defende que hoje em dia o profissional de Pedagogia não fique limitado a sala de aula. “O pedagogo está presente em outros espaços: meio empresarial, sindical, hospitalar etc”, diz. Já Marta Loula, também aluna, levanta a bandeira do pedagogo no espaço escolar. “Estamos precisando de profissionais, que lutem pela escola. Entendê-la como espaço de luta de classes, por isso a necessidade de ocuparmos esses espaços”, salienta.