Promover um espaço para debates sobre as mais variadas vertentes da História, em perspectivas comparadas e conectadas. Foi a partir dessa proposta que surgiu o 1º Seminário Poder, Cultura, Povos e Lugares, evento que teve início nessa quinta, 12, no campus de Vitória da Conquista.
“A ideia foi tentar reunir pesquisadores que trabalham com temas diversos ao longo da História, ou seja, promover um momento para abarcar todas as pesquisas dos professores da Universidade e dos colegas de outras instituições universitárias. Ou seja, é um evento que tem por objetivo mesmo agregar e promover uma discussão ampla, na perspectiva da História comparada, História conectada”, afirmou a professora Grayce Mayre Bonfim, uma das organizadoras do Seminário.
Para o professor Wesley Piau, chefe de Gabinete da Universidade, esse é um momento muito rico na Instituição, pois a atividade está fomentando uma rede de pesquisadores com o intuito de trocar olhares e saberes sobre os conceitos relacionados às temáticas do Seminário.
Além disso, Piau destacou a importância da realização do evento para o atual momento histórico da sociedade brasileira. “Estamos vivenciando hoje um cenário de tantas dificuldades, retrocessos e incertezas, principalmente para esse nosso espaço que é uma instituição pública, que defende o ensino público. Mas só vamos compreender esse momento estudando o nosso passado. É importante que possamos perceber que só por meio da historiografia é que vamos entender essa questão da estrutura de poder e da cultura em nossa sociedade”, ressaltou o professor, durante sua fala na mesa de abertura do evento.
O professor Eduardo França Paiva, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conduziu a primeira conferência do Seminário, abordando a temática “Diversidade, misturas, conexões e dinâmicas internas: povos e lugares no Brasil setecentista”. Segundo o conferencista, que também participou da construção do Seminário, a ideia é, a partir das perspectivas diferentes, inclusive, metodológicas e conceituais, discutir outros eixos historiográficos, de forma a promover um diálogo amplo e plural.
“Encontros como esses são essenciais para todas as áreas, mas especialmente para a área de História, pois, sem diálogo, sem troca, sem intercâmbio, sem uma discussão, não é possível realmente discutir História, escrever História, que é o que ensinamos nossos alunos a fazer e é que o nós fazemos”, pontuou o docente.
O Seminário segue até essa sexta, 14, conforme programação disponível aqui.