Professora Edvania Gomes da Silva, coordenador do Programa; professora Lívia Diana Rocha, uma das coordenadoras dos Seminários; e o professor Jorge García Marín
“Nós estamos no momento do mundo sem fronteiras, da chamada globalização, que tem uma série de mazelas, mas tem o outro lado, que é o da possibilidade de trabalhar com o contraste de saberes, com a extensão do conhecimento para além de determinadas fronteiras”. A declaração é da professora Lívia Diana Rocha, que faz parte da coordenação dos Seminários Temáticos Internacionais, que estão acontecendo no campus de Vitória da Conquista.
Sob essa ótica, os eventos, promovidos pelo Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, buscam a internacionalização do conhecimento, de forma que esse intercâmbio possa contribuir para ampliar os horizontes dos discentes do Programa e da comunidade acadêmica como um todo. “Essa é uma oportunidade para que os alunos possam compreender as formas de tratamentos epistemológicos, teóricos e políticos de determinados temas, à luz de várias interpretações e de lugares distintos”, afirmou a docente.
A professora reforçou ainda que, nesse sentido, a intenção é justamente que os alunos tenham acesso a um conjunto de temáticas relacionadas à Sociologia e História. “Precisamos entender que nós somos homens e mulheres frutos desse tempo social e político e que nós precisamos continuar conversando, abrindo as fronteiras, inclusive, para lutar contra determinados controles sociais e políticos que estamos vivendo mundialmente”, completou a professora Lívia Diana Rocha.
Os Seminários tiveram início nesta segunda, 15, e seguirão até o dia 27 de abril, com a participação de professores espanhóis, como o docente Jorge García Marín, da Universidade de Santiago de Compostela, que abriu os eventos. Em sua primeira participação, ele abordou o tema “O pensamento sociológico clássico e seus paradigmas”. Segundo o professor, sua palestra buscou, a partir dos clássicos pensamentos da Sociologia, principalmente da metade do século 19, uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, ou seja, analisar o passado para entender o presente.
Sobre os eventos, ele destacou a relevância da Universidade possibilitar um momento intenso de troca de conhecimento e vivências. “Essa oportunidade de ter diversos olhares de pessoas que habitam diferentes lugares pode contribuir um pouco a repensar coisas relacionadas à nossa forma de viver”, reforçou o professor Jorge García Marín.
O docente conduzirá mais dois momentos durante os Seminários. Nesta terça, 16, ele falará sobre “Memória, masculinidades e gênero: processos de resistência e práticas neomachistas”. Ao fim, lançará o seu livro: “Novas masculinidades: o feminismo a (des)construir o homem”. Na quarta, 17, “O poder das redes sociais na contemporaneidade” será a temática de sua mesa.
Além dele, participam dos Seminários os professores Juan Mainer Baqué, da Federación Icaria, e Xabier Arrizabalo Montoro, da Universidad Complutense de Madrid, conforme programação disponível aqui.